Em 3 de outubro de 1990, a antiga República Democrática da Alemanhã passou a fazer parte da República Federal da Alemanha, de acordo com o parágrafo 23 da Constituição desse Estado. O acordo que selou tal resultado é conhecido como o Tratado de Unificação, e deveria assinalar um ponto alto positivo na história alemanha, e é todos os anos apresentado pela propaganda oficial como a vitória da democracia e do desejo de liberdade do povo alemão.
Por Anton Latzo
A antiga República Democrática Alemã (RDA) perdeu 1,7 milhões de habitantes desde a reunificação com a República Federal Alemã, em 1990, segundo indica um relatório do Gabinete Federal de Estatística, divulgado no último dia 2 de outubro.
A propósito da passagem dos 20 anos da proclamada "reunificação alemã", convidamos a revisitar um conjunto de artigos de opinião e tomadas de posição do Partido Comunista Português, produzidas ao longo das últimas duas décadas, que ajudam a compreender a natureza de um processo movido pela afirmação das aspirações imperialistas da Alemanha.
A política exterior e a de segurança da República Federal da Alemanha sofreu uma mudança de paradigma a partir de 1990/1991. Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, a classe dominante do lado ocidental da Alemanha sempre tentou ampliar o seu espaço de ação política para poder defender de forma mais efetiva os seus interesses.
Por Christine Buchholz
Em um ano em que as previsões indicam um crescimento econômico na ordem dos três por cento, os sindicatos alemães mostram-se empenhados em recuperar o poder de compra perdido, considerando que é tempo de pôr fim aos sacrifícios.
A imprensa alemã noticia a atual situação dos Estados que pertenciam a antiga República Democrática da Alemanha (RDA) nos seguintes termos : “Ambiente pior que nunca”; “Infeliz e pessimista: as pessoas nos novos Estados estão cada vez mais insatisfeitas”; “Diagnóstico: pessimismo crescente”; etc.
Por Ursula Schröter em Memo-Forum
A notícia surgiu com a marca de grande acontecimento. O crescimento do PIB da Alemanha no segundo trimestre de 2,2% terá sido «o maior desde a reunificação». Houve jornais que titularam: «a locomotiva alemã a todo o vapor».É óbvio que os poderosos grupos económicos alemães e o potencial exportador da Alemanha lucraram com a desvalorização do euro e as imposições imperialistas às economias mais débeis como Portugal.
Por Albano Nunes
Duas grandes manifestações em Berlim e Stuttgart realizadas no último fim-de-semana marcaram uma nova vaga de contestação popular contra a politica anti-social do governo da chanceler Angela Merkel. Num país em que 10% da população detém 60% da riqueza, é cada vez mais difícil convencer os trabalhadores de que os capitalistas, banqueiros e especuladores possam ser considerados “parceiros sociais”, princípio em que teoricamente assenta a ideologia do Estado alemão.
Por Rui Paz, para o Avante!
Horst Köhler renunciou nesta segunda-feira (31) à presidência da Alemanha. Motivo: a má repercussão da entrevista que ele deu a uma rádio, ao voltar de uma visita ao Afeganistão ocupado. Köhler tinha declarado que enviar tropas a um país estrangeiro pode ser necessário "para proteger nossos interesses, como, por exemplo, liberar rotas comerciais ou prevenir instabilidades regionais". Ou seja, caiu por dizer a verdade.
Por Bernardo Joffily
A insatisfação dos alemães com o governo da chanceler Angela Merkel segue aumentando e, segundo as últimas pesquisas, três entre cada quatro cidadãos se declaram descontentes com a administração de direita.
Membros de grupos da extrema direita alemães cometeram quase 20 mil delitos políticos em 2009, informou nesta terça-feira (23 ministro do Interior, Thomas de Maiziére.
A economia da Alemanha, a maior da Europa, também sentirá neste ano os efeitos da recessão, segundo consideraram analistas. O Instituto Econômico Alemão IWH estimou que o país ter á um crescimento menor que prognosticado para 2010.