A China é destaque na análise diária de Ana Prestes. O governo chinês refuta a tentativa do governo dos EUA em interferir em assuntos internos do país como o contencioso no Mar da China e as tensões em Hong Kong. Prestes aborda ainda a decisão do Reino Unido em vetar a empresa chinesa Huawei no uso da tecnologia 5G, a reunião da Cúpula da União Europeia, o fracasso do acordo de pacificação do Afeganistão, a pressão internacional sobre o Brasil em relação à preservação da Amazônia, mobilizações sociais na Bolívia, Colômbia e Chile, além de outros temas.
No que se trata do Afeganistão da realpolitik, as forças armadas dos Estados Unidos, com ou sem acordo, querem permanecer nessa valiosíssima base do Grande Oriente Médio, a partir da qual elas poderão empregar suas técnicas de guerra híbrida.
As eleições no Afeganistão, um país diversas vezes invadido, destruído, mas nunca conquistado; nem mesmo pelos seus próprios grupos autoritários
Por Alessandra Monterastelli
Os Estados Unidos ameaçaram na segunda-feira (10) prender e processar juízes e outros funcionários do Tribunal Penal Internacional (TPI) se este processar americanos que lutaram no Afeganistão por crimes de guerra
Desde o início da operação Liberdade Duradoura, isto é, a invasão do Afeganistão pela Otan, em outubro de 2001, a produção anual de ópio para fabrico de heroína e outras drogas ilícitas neste país cresceu entre 4000 a 4500%, alimentando um tráfico com lucros de um trilhão de dólares que terá provocado a morte de mais de um milhão de pessoas
Por José Goulão e Edward Barnes, de Cabul
O Talibã rejeitou nesta segunda-feira (20) uma oferta de cessar-fogo do governo do Afeganistão e continuará com seus ataques, disseram dois comandantes militantes do grupo; o presidente afegão havia proposto a trégua após os integrantes do Talibã cercarem a cidade de Ghazni.
Os repórteres estavam cobrindo um primeiro ataque quando um homem-bomba supostamente disfarçado de fotógrafo detonou explosivos. O Exército Islâmico assumiu a autoria da ação
Passado e presente de um país ainda com futuro. História, política e economia de uma região na encruzilhada de continentes e de civilizações, devastada pela geoestratégia imperial dos EUA
Por Antônio Abreu *
Quase uma centena de pessoas morreram no sábado (27), e outras 158 ficaram feridas em um atentado no centro de Cabul, capita do Afeganistão. O ataque, com uma ambulância carregada de explosivos, é o quarto sofrido pela capital afegã no último mês e o mais sangrento desde o caminhão bomba que em maio do ano passado provocou 150 mortos. Os talibãs assumiram a chacina, assim como fizeram em relação ao ataque ao hotel Intercontinental há uma semana
Trump não ofereceu uma visão política nova, mas a simples continuidade de uma guerra que ninguém pode ganhar. O que ele anunciou soa a mais combates e mais mortes, opina a correspondente
Por Sandra Petersmann*
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira aos grupos insurgentes no Afeganistão que parem com os ataques a civis após mais de 5 mil não combatentes terem sido mortos ou feridos nos primeiros seis meses de 2017.
“Nenhum de nós diria que estamos no caminho para o sucesso aqui no Afeganistão”, disse o senador republicano John McCain, falando pela delegação bipartidária de cinco membros do senado dos Estados Unidos para a imprensa de Kabul, na terça-feira (4). Os senadores não precisariam ter deixado de participar das celebrações do “4 de Julho” para constatarem isso.
Por Robert L. Borosage