Um ano depois da Marcha das Mulheres, que ocorreu assim que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA- foram cerca de 654 manifestações por todo o país-, elas voltaram às ruas de diferentes cidades, com a ambição de se transformar em um movimento para permitir a chegada das mulheres no poder
Pelo menos 42 mulheres que fizeram aborto no estado do Rio de Janeiro entre 2005 e 2017 foram processadas e respondem a processo criminal pela prática, segundo levantamento da Defensoria Pública do estado divulgado em meio à campanha dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero, que vai até este domingo (10).
Numa nova tentativa de concluir a votação dos destaques da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181/15, deputados fundamentalistas ignoram direitos já adquiridos pelas mulheres e manobram para garantir a manutenção na proposta de trechos que podem proibir o aborto mesmo nos casos permitidos por lei.
Por Christiane Peres
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou nesta terça-feira (5) o discurso fundamentalista que tem prevalecido na comissão especial da Câmara destinada a analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181/15, que, entre outras coisas, proíbe o aborto no Brasil. Segundo a parlamentar, “todos têm o direito de ter sua fé, sua religião, mas não deveriam coloca-las na frente da lei”.
Por Christiane Peres
Vários coletivos e movimentos feministas estão em campanha contra os retrocessos nos direitos das mulheres em projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional. Elas lançaram um abaixo-assinado eletrônico (assine) com o objetivo de descriminalizar o aborto em caso de estupro. Já foram coletadas mais de 170.000; o objetivo é chegar a 250 mil.
A comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181/15, que, entre outras coisas, proíbe o aborto no Brasil, volta a se reunir na tarde desta terça-feira (5) para tentar votar os destaques à matéria. Com isso, parlamentares contrários à proposta tentam alterar o texto aprovado no dia 8 de novembro por 18 contra 1.
Enquanto a discussão da Proposta de Emenda Constitucional 181/15 – que proíbe o aborto mesmo em casos de estupro e risco de morte para a mãe – tramita na Câmara dos Deputados o número de estupros aumentam e o aborto clandestino continua a ser uma das principais causas de morte materna. Segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde, diariamente, 4 mulheres morrem em hospitais no Brasil por conta de complicações do aborto.
Por Verônica Lugarini*
Pela proposta do senador Magno Malta, nem mesmo as mulheres que sofreram estupro, que correm risco de morte ou gestam um bebê sem cérebro, terão direito a aborto legal
Por Luiz Ruffato *
Com faixas e cartazes em punho e palavras de ordem na ponta da língua, mulheres pró e contra a Proposta de Emenda à Constituição 181/15, que, entre outras coisas, proíbe o aborto no Brasil, lotaram o plenário das comissões destinado a retomar a votação da matéria. No último dia 8, o texto-base havia sido aprovado, com voto de 18 homens contra uma mulher, mas ainda faltava a votação de destaques que poderiam modificar o texto.
Por Christiane Peres
Segundo a Pesquisa Nacional do Aborto (PNA) realizada em 2016 e publicada em 2017, uma mulher por minuto pratica aborto no Brasil. Isso significa dizer que uma a cada cinco mulheres alfabetizadas entre 18 e 39 anos já fez um aborto. Ou seja: 4,7 milhões de mulheres já abortaram. Diante desses números, nos perguntamos: por qual razão pensar o aborto ainda gera tanto incômodo em uma parcela da população?
Por Fabio A.G. Oliveira*, Letícia Gonçalves** e Maria Clara Dias***
"A morte de milhares de mulheres por procedimentos caseiros ou inseguros só amplia a hipocrisia de nossa sociedade".
Por três anos recebo mensagens de mulheres à procura do contato de um médico que pratica abortos ilegais que ouvi para uma entrevista. Lei punitiva não desestimula a mulher a abortar.
Por Talita Bedinelli*