*
Publicado 15/03/2007 15:34 | Editado 13/12/2019 03:30
Faz frio.
Se não bastasse a carne,
a alma está gélida.
O ânimo arrefece
e os olhos
recusam o sol.
Vou à cozinha
e preparo um café.
Esfumaçante,
gole a gole,
num ritual sagrado
ele adentra o corpo.
O sangue adquire calor.
A alma se anima.
A vida volta, intensa.
Adalberto Monteiro
Verbos do Amor & outros versos
Goiânia, 1997