Rondon, projeto social do Ministério da Defesa, terá novas diretrizes

Um dos mais reconhecidos projetos sociais do Ministério da Defesa (MD), com 10 anos de atuação, o Projeto Rondon, irá passar por uma reestruturação. Para conduzir o processo, o Comitê de Orientação e Supervisão (COS) reuniu-se, em agosto, com integrantes de ministérios e Secretaria-Geral da Presidência da República, da Secretaria de Direitos Humanos, do Conselho de Reitores (CRUB) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), a fim de definir as diretrizes de ações para do projeto.

Projeto Rondon reunião entre entidades em agosto de 2015

Criado em 2005, o COS tem como objetivo orientar a política de atuação do Projeto Rondon e propor diretrizes para as atividades a serem desenvolvidas. Também cabe ao Comitê viabilizar a participação de estudantes universitários no processo de cidadania e estimular a busca de soluções para os problemas sociais da população mais necessitada.

O chefe do Departamento de Ensino (DEPENS) e presidente do COS, general de divisão Walmir Almada Schneider Filho define o Rondon como um Projeto forte. “Consideramos que o Rondon está consolidado com uma poderosa ferramenta de transformação social, e, em cima disso, é que vamos entrar com as propostas de reestruturação, pois temos credibilidade, mas precisamos transformá-la em patrocínio. Se quisermos um resultado diferente, precisamos fazer algo novo”, afirmou.

Para o general Schneider, a reorganização do Projeto depende fundamentalmente de todos os participantes. “Estamos querendo dar outra visão dentro do Comitê, oferecendo novas propostas de reestruturação, dentro de uma concepção política e estratégica. Nosso objetivo é colocar o COS na sua real posição, com foco nas comunidades mais necessitadas”, disse.

O projeto

Durante a reunião foram apresentados vídeos mostrando a experiência dos estudantes e os resultados das duas operações realizadas em julho deste ano: a “Bororos”, realizada no estado do Mato Grosso, e a “Itacaiúnas”, que aconteceu em diversos municípios dos estados do Pará e Tocantins.

Para o general, encerra-se um primeiro ciclo de 10 anos do Projeto Rondon, focados na formação cidadã dos universitários. “A partir de agora, vamos dar um novo enfoque para o Rondon. Serão abertas duas frentes: uma voltada para as ações universitárias e a outra para a comunidade”, ressaltou.

A coordenação do Comitê apresentou ainda a Portaria e o Regimento Interno que deverão ser aprovados para orientar o trabalho do Rondon. O projeto conta com a participação dos ministérios da Defesa, da Educação, da Integração Nacional, da Saúde, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Esporte, do Meio Ambiente e da Secretaria-Geral da Presidência da República.

As novas propostas para o Projeto deverão ser apresentadas no II Congresso Nacional do Projeto Rondon que acontecerá no período de 23 a 25 de setembro, com o tema “Como conquistar os Novos Horizontes”.

Também foram definidos os planejamentos e calendários para as próximas operações regionais, a “Bacuri”, que acontecerá no Estado do Maranhão e a “Paiaguás”, prevista para o Estado do Mato Grosso. Ambas estão previstas para janeiro do próximo ano.

Já as operações nacionais devem ocorrer em julho de 2016, nos estados do Espírito Santo e do Rio Grande do Norte, e em janeiro de 2017, no Tocantins. As propostas para as operações nacionais devem ter seus editais aprovados em novembro deste ano.

O Projeto Rondon existe desde 1967, inicialmente com a participação de três universidades do Rio de Janeiro, a Universidade da Guanabara, atual UERJ, a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Católica. Em 1989, o Projeto Rondon foi extinto, retomando as atividades em 2005, sob a coordenação do Ministério da Defesa.