Empresas investigadas por cartel são doadoras da campanha de Alckmin

A campanha do candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu R$ 4 milhões em doações de três empresas que são investigadas por fraudes e formação de cartel em licitações do metrô de São Paulo e do Distrito Federal. O valor corresponde a 70% do total arrecadado pelo candidato (R$ 5,7 milhões).

Alckmin e Serra

 As informações, divulgadas pelo site de notícias Uol, dão conta de que duas das empresas doadoras são rés em processos na Justiça: a construtora Queiroz Galvão e a CR Almeida S/A Engenharia de Obras, que doaram respectivamente R$ 2 milhões e R$ 1 milhão ao comitê financeiro estadual do governador do PSDB.

A terceira empresa é a Serveng Civilsan S/A Empresas Associadas de Engenharia, doou R$ 1 milhão. A Serveng também é investigada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), colaborou com R$ 1 milhão.

Segundo o site, a assessoria de imprensa do tucano justificou, por meio de nota, que sua "campanha aceita apenas doações que estão de acordo com a Constituição. A Lei nº 9.504/97 (art. 24) permite que qualquer pessoa física ou jurídica, que esteja de acordo com as normas, participe do processo eleitoral".

A investigação apura denúncias de irregularidades na licitação de obras da linha 5-Lilás do metrô de São Paulo, em que executivos dos consórcios compostos pela CR Almeida S/A Engenharia de Obras e a Construtora Queiroz Galvão fazem parte. No total, 14 funcionários de 12 construtoras foram denunciados no caso. A licitação foi aberta durante o governo de José Serra, em outubro de 2008.

Já a Serveng é investigada pelo Cade por suspeita de fraude em licitações realizadas em 2007 para compra de equipamento ferroviário e manutenção de linhas de metrô no Distrito Federal.