Delegações internacionais participarão do Festival Vermelho

Segundo a secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Prestes, 15 delas farão intervenções ao vivo de forma virtual e 30 já gravaram saudações pelo centenário do PCdo

Ana Maria Prestes é secretária de Relações Internacionais do PCdoB l Foto: Reprodução

Quando os portões do espaço Caminho Niemeyer, na orla de Niterói (RJ), abrirem nesta sexta-feira (25) para o início do “Festival Vermelho-Floresce a Esperança”, mais de 80 delegações internacionais estarão acompanhando as celebrações dos 100 anos do PCdoB que se estendem até o sábado (26) com vasta programação cultural e política.

Um experiência inédita para a esquerda brasileira, esse tipo de festival já é uma tradição em outros países, segundo a secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Prestes. De acordo com ela, 15 delegações estrangeiras farão intervenções ao vivo de forma virtual. Mais 30 gravaram saudações e as demais acompanharão as atividades pelas transmissões.

“Nós fomos bastante responsáveis por causa da Covid-19. No momento em que se montava o festival era o auge da Ômicron no mundo, inclusive com o fechamento de fronteiras com limitador importante de acesso de um país para outro. Esses voos internacionais geralmente implicam em conexões. Então, nós optamos por preservar a integridade dos nossos convidados e manter na virtualidade a presença das delegações internacionais”, explicou Ana Prestes.

Ela diz que o festival de fato se enquadra numa tradição internacional como os festejos do Avante!, jornal do Partido Comunista Português (PCP); L’Humanité, jornal do Partido Comunista Francês (PCF); Festa dos Abraços no Chile; e os fóruns mundiais como já ocorrem em Porto Alegre (RS) e Belém (PA).

“O Festival Vermelho se enquadra nessa tradição internacionalista, dos festivais mundiais da juventude que acontecem mundo afora por mais de 50 anos. Ao mesmo tempo serve para publicizar suas causas, suas bandeiras, suas preocupações, suas solidariedades com os povos em luta no mundo, de uma forma lúdica, cultural e que a gente mescla um pouco o discursivo, aquilo que é da prática dos comícios, das intervenções públicas, com as nossas opiniões, num momento de integração, festividade de música, dança e cinema”, afirmou a dirigente.

Ana Prestes ressalta ainda que o PCdoB comemora seu centenário muito ligado ao centenário de outras siglas no mundo. Vários deles já fizeram 100 anos como os partidos comunistas da China, Portugal, França, Grécia, Argentina, Uruguai e Chile.

 “Muitos surgiram no que foram os ecos da revolução de 1917 (Bolchevique). Eles surgem nos anos de 1919, 1920 e 1922. Então, nós estamos comemorando o centenário de forma muito ligada com o centenário de outros partidos também”, afirmou.

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