Parapan: lição de vida e exemplo de competência

Os Jogos Parapan-Americanos que se encerraram, no último domingo, a um só tempo evidenciaram o talento e o exemplo de vida dos atletas paraolímpicos brasileiros que atingiram o topo no número de medalhas e o desempenho do governo brasileiro que realizou o evento com zelo e competência. Mil e trezentos atletas de 25 países participaram dos jogos que pela primeira vez se realizaram no mesmo local e no período seguinte aos Jogos Pan-Americanos.


 


Se a mídia brasileira deu pouco destaque ao Parapan e ocultou o papel do governo brasileiro por intermédio do Ministério do Esporte na realização vitoriosa desse evento, os atletas no seu conjunto e personalidades desse setor ressaltam o empenho do governo Lula.


 


Stephanine Dixon, nadadora canadense, “embaixadora” do evento elogiou a infra-estrutura dos jogos e a energia do público brasileiro. Por sua vez,  o presidente do Comitê Paraolímpico das Américas, Andrew Parsons, afirmou que as delegações elogiaram as instalações do Parapan do Rio, o que na opinião dele credencia o Brasil a sediar as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016.


 


O desempenho da campeã delegação brasileira que obteve 228 medalhas das quais 83 de ouro é, sem dúvida, em primeiro lugar um mérito dos atletas. Preconceitos, barreiras e dificuldades de toda ordem tiveram e têm que ser vencidas por eles o tempo todo. É inegável, todavia, que políticas adotadas pelo Ministério do Esporte foram indispensáveis a essa participação memorável de nossa delegação. Entre os programas de incentivo há o Bolsa-atleta, que paga salários mensais a esportistas que embora destacados não tenham patrocínio pessoais. Dos 231 atletas da delegação paraolímpica, 103, ou 45%, são bolsistas.


 


Treze por cento da população brasileira tem algum tipo de deficiência física. Todavia, as políticas públicas para dar respostas às suas necessidades são insuficientes ou quando existem não saem do papel. Que o êxito do Parapan venha provocar mobilizações e lutas para que o Brasil avance no apoio e no tratamento adequado a esse importante contingente da nossa população. Que o Ministério do Esporte prossiga e alargue seu programa de incentivo ao esporte paraolimpico.