Bolsonaro faz uso político da contaminação pelo Covid-19

(Foto: Carolina Antunes/PR)

Depois de uma sequência de atitudes criminosas, como a campanha contra o isolamento social e outras afrontas aos protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a recomendações de especialistas, o presidente Jair Bolsonaro acabou vítima de sua própria irresponsabilidade ao ser infectado pelo coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro faz uso político da sua contaminação pelo Covid-19. Desrespeitando quase 70 mil óbitos no Brasil, usa politicamente sua contaminação e volta a fazer proselitismo grosseiro do uso de cloroquina.

Ao contrário de chefes de governo e de chefes de Estado que também adoeceram, ou mesmo de governadores e outras personalidades públicas que pegaram a doença e se manifestaram com pronunciamentos sóbrios, Bolsonaro optou por uma mini e seletiva entrevista coletiva, aproveitando-se da condição de presidente da República para induzir a opinião pública a erro.

Ele se valeu desse recurso para dar sequência à guerra de comunicação que resulta em convocação às pessoas a desrespeitarem o o distanciamento social e jogar a responsabilidade pelas graves consequências da sua irresponsabilidade na conta de governadores e prefeitos.

Com isso, ele se exime de suas obrigações, como tem sido sua prática ao não trabalhar para a definição de uma estratégia do governo contra a pandemia e não preparar o país para, por exemplo, dotar o Sistema Único de Saúde (SUS) de melhores condições para responder às demandas das contaminações.

Sem falar da sua protelação no cumprimento das leis aprovadas no Congresso Nacional para socorrer os que precisam do auxílio emergencial, os estados e municípios e as micro, pequenas e médias empresas.

São irresponsabilidades que se somam às evidências de crimes que estão sendo investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ações que atentam contra o Estado Democrático de Direito e às instituições da República.

Agora, com mais esse espetáculo grotesco criminoso com o uso político da sua contaminação, o presidente demonstra que a luta para salvar vidas e defender a democracia, e reativar economia, com a geração de empregos e renda, precisa de um Brasil sem Bolsonaro