Alckmin quer debater corrupção. Lula responde: então, venha!

 


A campanha de Geraldo Alckmin “quer porque quer” centrar o debate do segundo turno presidencial na chamada questão ética. O que mais deseja é por de lado o debate programático sobre o desenvolvimento econômico e social do país. É natural que queira assim. O reinado do PSDB e do PFL – os dois governos de FHC- levou o país à beira da ruína econômica e condenou o povo às agruras da miséria. Por isso, Alckmin foge desse assunto como o diabo da cruz. O seu grande trunfo, ilude-se, seria a bandeira anticorrupção.


 


           


 


Ocorre que no inventário da herança maldita da era FHC não consta apenas folhas e folhas que discriminam o desastre econômico e o caos social, há tomos e tomos que arrolam uma réstia quilométrica de escândalos, de ilícitos, patrocinados pelo governo tucano-pefelista. Lula recebeu  um Estado não só aviltado em sua soberania e debilitado em sua estrutura, mas uma máquina estatal infestada pela corrupção, corroída por máfias e gangues, como a do sanguessugas, que como está provado, nasceu e se criou no governo tucano.


 


 


 


As gangues e máfias se criaram e se agigantaram na esfera federal, de igual modo, como PCC se criou e se robusteceu em São Paulo, porque Alckmin e FHC e seus governos debilitaram as instituições republicanas encarregadas de proteger os negócios e os bens do Estado. A Procuradoria-geral da República não processava ninguém ao extremo de seu titular receber a alcunha de “engavetador-geral”. A Polícia Federal quando farejava ladrões graúdos recebia recados do Palácio e era pressionada para não cumprir suas responsabilidades.


 


 


 


No governo Lula, a Polícia Federal, o Ministério Público, a Contralodoria Geral, passaram agir com liberdade e foram incentivadas e reforçadas em recursos humanos e logísticos para combater as máfias e bandos que roubam o Estado brasileiro. Centenas de operações foram realizadas, milhares  foram presos. Foi-se a era dos “protegidos”. Gente do governo, gente da oposição, independente da filiação partidária, da classe social, quem quer seja envolvido em atos de corrupção foram e são alvos de investigação e penalidades.


 


 


 


É claro que a oposição e a mídia exploram “patetadas” e atos ilegais cometidos por apoiadores da campanha de Lula, como aconteceu no episódio, ainda obscuro, da compra do dossiê contra Serra. Lula afastou todos esses “aloprados” de sua campanha e incentiva a Polícia Federal ir fundo nas investigações. Explorando e manipulando esse episódio ao máximo, a campanha de Alckmin quer colocar o eleitorado e os apoiadores de Lula na defensiva.


 


 


 


Mas, todos os “partidários” de um Brasil ético e desenvolvido, não podem se intimidar com essa tática.  Que autoridade tem Geraldo Alckmin para prometer um Brasil ético, se as privatizações realizadas por ele e por FHC, são conhecidas por “privatarias” uma vez que se realizaram sob a lama de ilícitos e escândalos?


 


O eleitorado demonstrou que além de um país desenvolvido, democrático, soberano, socialmente justo, quer um governo implacável contra a corrupção. Com Lula, os corruptos não tiveram sossego. Máfias foram desbaratadas e presas. Muitas delas foram ''chocadas e alimentadas'' no ninho dos tucanos