A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Venicio A. de Lima

Professor Emérito da UnB e Pesquisador Sênior do CERBRAS-UFMG e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010
Perplexidade

Tenho procurado uma palavra que expresse o sentimento que me atormenta nos últimos tempos diante do pesadelo que o país atravessa: uma pandemia que coloca em risco a própria vida, simultânea ao desgoverno político e a uma crise econômica sem precedentes.

Para além da alfabetização: Os 50 anos da pedagogia do oprimido

Dentre as muitas razões para celebrar o cinquentenário de 1968 – “o ano que não terminou”, na feliz expressão de Zuenir Ventura – certamente está a conclusão dos manuscritos do livro Pedagogia do Oprimido que Paulo Freire escreveu no exílio chileno e que viria a ser publicado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1970, e só quatro anos depois no Brasil.

A hipocrisia da grande mídia

Uma das características da grave crise política que o país atravessa tem sido a questionável relação estabelecida entre os responsáveis pela operação Lava Jato e os meios de comunicação.

Vinte por quês que exigem resposta (antes que seja tarde)

Por que a maioria dos brasileiros acredita que um único partido político é responsável pela corrupção? Por que defendem a volta dos militares?

Outras razões para a pauta negativa

O sempre interessante Boletim UFMG que traz, a cada semana, notícias do dia a dia da Universidade Federal de Minas Gerais, informa, na edição de 4 de maio [Ano 41, nº 1.902], sobre trabalho desenvolvido por grupo de pesquisa do Departamento de Ciência da Computação (DCC) em torno da “análise de sentimento” que relaciona o sucesso das notícias com sua polaridade, negativa ou positiva.

Por que não há uma narrativa pública alternativa?

Cinco meses se passaram desde o segundo turno das eleições presidenciais de 2014. Os votos foram apurados, o Tribunal Superior Eleitoral declarou um vencedor que tomou posse e assumiu o poder em 1º de janeiro de 2015. Apesar de tudo isso, a sensação que se tem ao se ler, ouvir ou assistir ao noticiário político dominante nos oligopólios privados de mídia é de que permanecemos em campanha eleitoral, estamos às vésperas de um “terceiro turno”.

Desafiando a Constituição de 88

Em outubro de 1993, apenas quatro meses após a aprovação da Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF), o deputado distrital Wasny de Roure apresentou o projeto de lei 1110/93 à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) propondo a criação do Conselho de Comunicação Social (CCS-DF) previsto em seu artigo 261 para “assessorar o Poder Executivo na formulação e acompanhamento da política regional de comunicação”.

Um esquecido nos estudos de mídia no Brasil

Texto preparado para apresentação no ciclo de debates “A Multiplicidade de Stuart Hall” realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação, SESC São Paulo, em 6 de fevereiro de 2015, título original “O Stuart Hall ‘esquecido’: estudos de mídia no Brasil”. O A. agradece às professoras Sylvia Moretzsohn (UFF) e Ana Paola Amorim (FUMEC/BH) e ao professor Juarez Guimarães (UFMG) pelos comentários e sugestões, e a Zildete Melo pela leitura vigilante em relação à correção gramatical do texto.

Monopólio ou oligopólio? Contribuição ao debate

Constituição, Artigo. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

Paradoxos de mais um ano que não termina

Considerada a cobertura diária da grande mídia, chega-se ao fim de 2014 com a sensação de ser este mais um ano que não termina.

E os conselhos estaduais de comunicação social?

A aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1491/14, de autoria dos deputados Mendonça Filho e Ronaldo Caiado, ambos do DEM, anulando o decreto nº 8.243 de 23 de maio, que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS), dois dias após o segundo turno das eleições presidenciais, constitui um fato político que não pode ser menosprezado.

1 2 3 22