Às vezes me identifico as minhas próprias palavras escritas. Certa vez fiz e enviei uma bitrova ao compositor, radialista e declamador Muibo Cury:
O cheiro do acafrão exalava dos quartos. Parecia uma enfermaria. Nesses momentos meninos e meninas tinham o mesmo tratamento. Sempre acontecia assim, quando um adoecia todos caiam doentes e a casa virava um hospital, foi assim no sarampo, na catapora e também na papeira, mais conhecida como caxumba.
Dia desses fui comer um pastel e tomar a famosa batidinha no Bar do Ceará, um dos botecos mais premiados e concorridos de nossa cidade. Sentei-me e fiz o pedido descontraído e, ao mesmo tempo, um pouco cansado depois de um dia intenso de trabalho.
Na lenta evolução das espécies até a passagem à complexidade da cultura humana, as crenças e os mitos foram como andaimes e escoras muito úteis na construção de uma arquitetura monumental a que chamamos Civilização, na qual nunca deixou de existir senhores e escravos nos alicerces (Marx ensina e Freud explica).
Olhos de dor. Vestida de medo, acuada, foi assim que ela chegou na nossa casa. Uma menina, talvez da minha idade, mas com algumas marcas de sofrimento, por isso parecia mais velha. Era final de tarde , um pouco antes do jantar e ela não sentou conosco. Depois vi que fazia sua refeição na mesa da cozinha.