O Covid-19 é uma ameaça real e potencialmente devastadora, principalmente em países onde, por conta dessas mesmas políticas neoliberais, os sistemas públicos de saúde sofreram e sofrem acelerado processo de sucateamento.
O uso de discursos e símbolos religiosos para legitimar projetos de poder não é algo novo. A história está repleta de exemplos onde a piedade religiosa é a máscara sob a qual a barbárie é justificada.
Muito já foi dito que, se quisermos avaliar o padrão civilizatório de um país, de um povo, basta conferir como são tratadas as mulheres, as crianças e as pessoas idosas. Sendo esse o referencial, podemos tristemente constatar que poucos, pouquíssimos, são os povos ou países que mereceriam o título de “civilizados”.
Na medida em que são anunciados os nomes que irão compor a equipe de governo do presidente eleito em 28 de outubro, evidenciam-se as características predominantes dos que responderão pelos destinos do país a partir de primeiro de janeiro de 2019: arrogância e, em muitos casos, um completo despreparo diante de questões fundamentais afeitas às respectivas pastas.
O resultado das eleições presidenciais brasileiras ainda causam perplexidade mundo afora. Legitimado pela força do voto, um candidato que sempre se caracterizou pelo desprezo pelas regras do jogo democrático recoloca na cena política brasileira o fantasma do autoritarismo.
O atual processo eleitoral no qual se encontram em disputa concepções antagônicas sobre o futuro do país, revelou o poder de fogo das fake news e seus efeitos nefastos sobre o que nos resta de democracia.
“Que tempos são esses em que temos que defender o óbvio?”. A conhecida pergunta atribuída ao dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht (1898 -1956 ) não poderia ser mais atual.
"A resistência virtual organizada, utilizando o vasto campo das redes sociais é necessária considerando o impacto que provoca quando bem direcionado, como foi o caso o grupo das mulheres que aderiram ao espaço de uma rede social para expressar sua rejeição a uma candidatura".
Entre os enormes desafios a serem enfrentados pelo campo progressista no processo eleitoral que já está em curso, talvez o maior deles seja o de levar propostas e projetos políticos a um eleitorado que foi levado a acreditar que os graves problemas pelos quais passa o país podem ser resolvidos fora da política.
No teatro armado para o debate entre os candidatos à presidência da República realizado no último dia nove de agosto pela TV Bandeirantes (Band), ficou claro que o multifacetado campo da direita brasileira concentra suas preferências em dois candidatos que, na aparência, defendam perspectivas diferentes em termos de projeto (na verdade, ausência de projeto) para o Brasil.
Faltando pouco mais de 60 dias para a realização do pleito eleitoral de 7 de outubro próximo, as sondagens realizadas por diversos institutos de pesquisa revelam que, aproximadamente, mais da metade do eleitorado ainda não sabe em quem irá votar. Caso seja mantido este cenário, estima-se que o número de votos brancos e nulos atingirá grandes percentuais, revelando o que analistas consideram como um processo ascendente de desinteresse, descrédito ou “desencanto” pela política.
É de conhecimento geral que, para a preservação das garantias constitucionais e da legalidade, uma ordem judicial deve ser cumprida, mesmo que, no âmbito das devidas instâncias recursais e dentro das regras estabelecidas no estado democrático de direito, possa, posteriormente, ser questionada ou revogada.