A essa altura do campeonato pensar numa solução com Bolsonaro é o mesmo que pedir ao escorpião para não atacar a quem lhe socorreu na travessia do rio.
Há 43 anos atrás, quando a conheci, Brasília parecia uma obra mágica estendida no vasto solo desértico do cerrado brasileiro.
O comportamento de Bolsonaro (pelo fim do confinamento) e de seu ministro da Economia (pelo boicote ao apoio emergencial) poderá resultar no agravamento progressivo da tragédia.
Recentemente, o sr. Guedes sacou de seu coldre imaginário a possibilidade de instauração de um novo ato institucional número 5, o famoso AI-5 dos tempos de chumbo, requentando uma ameaça antes feita pelo 03 de Bolsonaro, o Eduardo.
As críticas recorrentes e mordazes de Bolsonaro ao partido que lhe deu guarida na campanha eleitoral e os conflitos intermitentes entre ele (e filhos) e figuras de proa da legenda, revelam muito mais do que a tentativa do “mito” se descolar do laranjal do PSL ou da disputa por um fundo partidário e eleitoral milionário.