Sem a frente, mantido no claustro do seu nicho tradicional, Lula também ficaria para trás
Em troca, Vital deveria assinar declaração de que não havia sido torturado. E não assinou. Como resposta, obteve um desabafo do delegado: “Vocês ainda vão ser vitoriosos porque são uns loucos!”
A verdade é que, sem uma composição mais ampla, o movimento democrático poderá dar com os burros n’água em outubro
“Recordar os percalços – alguns deles aparentemente intransponíveis – que se antepuseram à existência do PCdoB ao longo de sua quase centenária significa, do ponto de vista revolucionário, deles extrair ensinamentos capazes de iluminar os caminhos da atualidade.”
“Recordar o 18 de fevereiro de 1962 é, do ponto de vista revolucionário, dele extrair ensinamentos cuja permanência possa iluminar os caminhos da atualidade”. Assim o jornalista Luiz Manfredini* define e data, comemorada nesta quinta-feira, em artigo inédito que o Partido Vivo publica a seguir.
Ao lançar a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila como sua pré-candidata à Presidência da República, o PCdoB, já de largada, conquistou um tento: ampliou seu protagonismo na cena política brasileira, vários pontos para além do que já vem obtendo com suas aguerridas bancadas na Câmara e no Senado.
Deficiência, a meu ver decisiva, dos governos Lula e Dilma, extensiva a vários setores da esquerda brasileira, foi o descaso com a politização da sociedade. Como afirma o ex-deputado federal Aldo Arantes, em seu artigo, “Gramsci e a luta de ideias”, “a preocupação excessiva com o processo eleitoral e a presença na máquina do estado fragilizou a luta social e deixou de lado a luta de ideias e a politização da sociedade”.