A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

João Quartim de Moraes

Professor universitário, pesquisador do marxismo e analista político.
O fator militar no governo Bolsonaro – 1: Equilíbrio

São múltiplas as análises que, com ênfases distintas, assinalam a importância dos militares na composição do bloco de forças reunido em torno do presidente eleito. Elas convergem em considerá-los um fator de equilíbrio e moderação no novo bloco governamental composto de ultraliberais entreguistas, vociferantes cripto fascistas e talibãs evangélicos.

 Voto fascista, voto útil, voto anti-sistema

"É preciso ir mais fundo na análise do voto fascista. Ele se expressa nos que se identificam com o culto da força bruta e da violência como método de solução de questões sociais e de confrontos ideológicos preconizado pelo presidente eleito e por sua tropa de choque: os batedores de panela da burguesia do centro-sul e os bíblicos obscurantistas, principalmente".

 Quantos são os extremistas de direita?

"Não encontramos análises precisas sobre a conexão do voto evangélico com o fascista, mas as pesquisas e os resultados eleitorais permitem discernir com alguma precisão o voto fascista e o “voto útil” anti petista nos 46% dos sufrágios expressos que Bolsonaro obteve no primeiro turno e nos 55% no segundo".

Pela unidade antifascista

A percepção da grave ameaça fascista no processo eleitoral em curso vem mobilizando as forças vivas da consciência democrática nacional, empenhadas em barrar o caminho do candidato que faz apologia da tortura, dos assassinatos em massa de militantes de esquerda, da opressão das mulheres, de todas as modalidades de obscurantismo cultural.&nbsp

A luta anti-fascista no combate eleitoral

Em questão nas urnas de outubro está tanto a anulação das contra reformas antissociais e antinacionais impostas pelo regime neoliberal de exceção presidido por Temer, quanto a luta para deter a vaga de obscurantismo ultrarreacionário, cuja tropa de choque são os facho-bolsonaristas.

Raízes históricas do fascismo croata

A formação da Iugoslávia, Estado dos eslavos do sul, remonta ao desmantelamento de dois velhos impérios derrotados pela França e Inglaterra na I Guerra Mundial, o austro-húngaro e o otomano. Logo surgiram desacordos entre os sérvios e os croatas, que ao lado dos eslovenos, bósnios, montenegrinos e macedônios, eram as nacionalidades que compunham o novo Estado. Duas diferenças culturais que remontam à Alta Idade Média os separam: a escrita e a religião.

Fascistas na Copa

Os êxitos da equipe da Croácia na recém finda Copa do Mundo suscitaram discussões extra futebolísticas em nossa esquerda. Houve quem declarasse, às vésperas da partida final, que sua simpatia iria para os croatas e não para o imperialismo francês. A França é parte integrante, mas subalterna, do bloco imperialista.

Aos que ainda não nasceram

Nestes tempos sombrios, “só está rindo quem ainda não ouviu as más notícias” (Bertolt Brecht).

Em defesa da Universidade Pública

Em 5 de junho passado, por esmagadora maioria de 67 votos a favor (inclusive os de Leci Brandão e de Gustavo Petta, que compõem a bancada do PCdoB) e apenas 4 votos contra, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou a PEC 5 em segundo turno de votação, conferindo-lhe força de lei.

1948-2018: O rastro de sangue do facho-sionismo

Na aldeia palestina de Deir Yassin, fincada numa colina rochosa na orla oeste de Jerusalém, um pequeno grupo de três pedreiros, três talhadores de rocha e um motorista de caminhão estavam terminando seu turno de vigilância durante a noite de 8 para 9 de abril de 1948. Não havia como não se sentir ameaçado.

A contra ofensiva do Exército sírio

Em 17 de janeiro deste ano, o jornal francês Le Canard Enchaîné (= “O Pato Acorrentado”, título intencionalmente irônico, mas que cairia bem para designar os paneleiros da Fiesp) publicou pequeno artigo a respeito dos “soldados turcos que entraram na Síria com Al-Qaida”.

Moralistas imorais

Não somente entre os defensores das causas sociais e do desenvolvimento nacional autônomo, militantes da democracia, da causa do povo e do socialismo, mas também entre os brasileiros honrados, para os quais a coisa pública não se confunde com a “cosa nostra”, é fundada e forte a convicção de que o processo de Lula configura uma escandalosa farsa judiciária.

1 2 3 4 8