A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Jeosafá Fernandez

Jeosafá é Doutor em Letras pela USP. Tem, entre seus mais de 50 títulos, O jovem Mandela, O jovem Malcolm X e o ciclo de romances paulistanos Era uma vez no meu bairro (Zonas Norte, Sul, Leste e Oeste).
Passos perdidos, passos reencontrados

Eu vivo, como os leitores desta coluna já se deram conta, no mundo dos livros. Saio dele como uma tartaruga que espicha a cabeça fora da carapaça, para comunicar aos habitantes dos outros mundos as notícias do mundo de cá, e volto a ele (ou a ela, a carapaça) com saudades das páginas em branco salpicadas de letras pretas. A notícia de agora é da leitura de Os Passos Perdidos (Carpentier, Alejo. Os Passos Perdidos. Trad. Marcelo Tápia. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 2008).

Passos perdidos, passos reencontrados

Eu vivo, como os leitores desta coluna já se deram conta, no mundo dos livros. Saio dele como uma tartaruga que espicha a cabeça fora da carapaça, para comunicar aos habitantes dos outros mundos as notícias do mundo de cá, e volto a ele (ou a ela, a carapaça) com saudades das páginas em branco salpicadas de letras pretas. A notícia de agora é da leitura de Os Passos Perdidos (Carpentier, Alejo. Os Passos Perdidos. Trad. Marcelo Tápia. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 2008).

1979 foi um ano difícil

Eu terminara o ano de 1978 como um dos melhores alunos na minha turma, o que não acrescenta muito a meu currículo, pois a minha turma da 8ª. série do noturno era a mais largada do colégio. Não que fôssemos maus, apenas tínhamos decidido dificultar a vida de professores, inspetores e diretor substituto. Por causa de quê? Por causa de terem naquele ano tido a brilhante ideia de formar turmas separadas de meninos e meninas.

Percurso de João Antônio até mim

Estou agora olhando para a capa da 7a. edição da Record do livro de contos de João Antônio Malagueta, Perus e Bacanaço. Esse exemplar eu ganhei de uma escola que fechou as portas quando eu lá trabalhava. Ela pagou o que pôde aos funcionários e professores da forma que pôde.

Malcolm X: Um mestre da organização de bases sociais de resistência

De menino órfão e aluno exemplar, Malcolm Little – abismado pela cidade grande, representada por Boston e, depois, por Nova Iorque –, abandonando os estudos, converteu-se em trabalhador de baixa qualificação (engraxate, lavador de pratos, menino de ferrovia a vender sanduíches nos vagões, faxineiro de trem, balconista etc.); depois em pequeno vigarista, a dar golpes no carteado e a bater carteiras; até ingressar de uma vez no tráfico de drogas, no comércio do sexo, na vida bandida e ser preso.

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