A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Elias Jabbour

Elias Jabbour, professor associado da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ e autor, com Alberto Gabriele, de “China: O Socialismo do Século XXI” (2021) e “Socialist Economic Development in the 21st Century: A Century after the Bolshevik Revolution” (Routledge, 2022). Vencedor do Special Book Award of China 2022.
Marina Silva: a “face humana” do sistema financeiro

Tenho combatido a tendência de relativização de amplos setores da classe média encantados com a possibilidade de eleição de Marina Silva. Com um estilo que agrada o povo de tipo cult, poucos percebem o fundo político falso desta alternativa. E o pior, o que faria para angariar base política institucional, ou não, para poder governar.

Oportunismo e “não-ideias”

“O ganho real do salário mínimo será mantido”. Quem lê uma frase desta solta no ar, logo imagina a coisa cuja essência responde por si. É evidente que a lógica do progresso social no Brasil demanda a manutenção de direitos sociais e status quo político conquistados ao longo do tempo. Será mesmo?

Indo embora

Foram quase cinco anos de Brasília. Posso dizer que foram os anos mais interessantes de minha vida. Local onde experimentei todos os tipos de sentimentos. Onde descobri o valor de muita coisa. Saio de Brasília com o coração partido. Com a sensação de missão cumprida. Pronto para outra missão, mais um salto.

Sobre o que não se elabora

O assunto não é política, economia. Nem tampouco algo ligado a alguma paixão futebolística. O duro é saber que nem sobre tudo é possível de elaborar. Interessante. A dor só é a dor porque não se pode elabora sobre ela.

Cai o Império Romano da bola!

Sermos derrotados da forma como fomos pela Alemanha, realmente é muito chocante. Algo que, possivelmente, não ocorrerá nunca mais na história o futebol. Mas, o jogo foi 7 a 1! O sinal foi dado de forma acachapante. O Brasil é o Império Romano da bola. Vive de seu passado de glórias.

“Esquerda” e direita. Intolerância e irracionalismo

Existe uma crise clara de pensamento que atinge a quase tudo e todos. Seria uma crise da própria filosofia? Estaria ela ameaçada pelo irracionalismo, ao ceticismo e ao misticismo? Será que a luta de ideias que opõe materialismo x idealismo está se reduzindo a uma doideira do tipo racionalismo x irracionalismo? O que diz o mundo, as pessoas e as relações ao seu (ao nosso) redor?

A Petrobrás para fins de “estabilidade monetária”

A oposição acusa o governo de uso político da Petrobrás. A resposta dos setores governistas aponta aumento da produtividade da companhia após 2003. O fato é que a Petrobrás vale muito mais hoje do que em 2002. Mas também é fato que a Petrobrás perdeu muito seu valor de mercado nos últimos anos. Será mesmo culpa do “uso político” por parte do governo?

Plano Real (1994): o banditismo de Estado no poder

Passaram-se 50 anos do golpe de 1964. Pouco me preocupo se foi civil ou militar ou civil-militar. A problemática não muda e nem tampouco se resolve nossos reais problemas históricos produzindo teses sobre determinados conceitos. Fundou-se em 1964 um regime terrorista de Estado. Porém, o nível de sofisticação deste golpe não chega nem próximo do que se produziu em 1994.

“Jeito novo de fazer política” e “combate à inflação”

Não me surpreende assistir a uma das inserções do PSB na TV e me deparar com um bate-papo entre Eduardo Campos e Marina Silva tendo como tema a “volta da inflação” e a perda do poder de compra dos salários. Não explicitaram qual será a solução. O silêncio diz tudo. E a prática política, idem.

Desenvolvimento, mas…

A quadra histórica vivida pelo nosso país demanda a discussão de determinadas categorias em outro patamar. A principal delas é a do desenvolvimento. É muito pouco uma ou outra força política aderir e colocar o desenvolvimento como o centro de sua estratégia socializante. O nível em que se encontra o debate é baixíssimo. Ideias só ganham consequências se transformadas em força material.

Juventude, consumo e direitos… E o desenvolvimento?

Dez anos de governos sérios e democráticos. Juventude progressista organizada com acesso ao Estado. Programas avançados (avançadíssimos) em matéria de ensino universitário. Acesso de amplas parcelas, historicamente excluídas, ao ensino superior. Agenda de direitos consolidada com ampla margem de luta a acúmulo por mais (justos) direitos.

PCdoB: estratégia e tática para uma formação social complexa

A estratégia do PCdoB é centrada na consecução do que chamamos de Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento (NPND) que se constitui, desde então, no caminho brasileiro ao socialismo.

1 4 5 6 7 8 14