Tempos Complexos
Não há a menor dúvida que no quesito da macroeconomia, o Brasil deu passos significativos em relação ao passado. Na realidade, as bases essenciais para a estabilidade das nossas contas, comparadas aos recentes governos anteriores, principalmente na era FH
Publicado 18/08/2007 18:18
Políticas públicas compensatórias retiraram da pobreza absoluta milhões de brasileiros. Setores estratégicos da economia, inclusive entre as estatais, receberam uma injeção de capital, possibilitando a retomada de áreas produtivas estagnadas.
As privatizações de empresas do Estado nacional, em sua maioria através de moedas podres, conduzidas pela doutrina neoliberal do “Estado mínimo”, foram estancadas.
Em relação à política externa, o país retoma uma estratégia independente e avançada, ao lado dos países emergentes, fortalecendo o Mercosul e estabelecendo pontes de cooperação com outras nações como a Índia, África do Sul, China etc.
Manifestou solidariedade aos povos submetidos à agressão militar ou cerco diplomático pelo Império do Norte e seus aliados incondicionais. O regime republicano e as liberdades democráticas encontram-se em plena vigência e em tranqüilidade. Existe um avanço, tímido, do nível de crescimento econômico, em relação às necessidades de um país como o nosso.
No entanto, considerando a sistemática oposição de caráter nefasto, conservador, reacionário, de grande parte da mídia hegemônica nacional, torna-se importante um balanço do quadro geral da realidade em nosso país.
Apesar dos aspectos econômicos citados, o nível de crescimento encontra-se muito aquém das exigências do aumento da geração de empregos e do impulso relativo ao setor produtivo interno.
A tendência ortodoxa da área monetarista oficial, dificulta a possibilidade do salto na produção de riquezas no país, beneficiando o capital volátil e parasitário, através das altas taxas de juros adotadas.
Nas últimas semanas, uma crise de liquidez de gigantescas proporções atingiu quase todo o mundo, favorecendo os grandes jogadores nesse cassino global.
É impossível afirmar que, cedo ou tarde, não seremos afetados gravemente por um tsunami especulativo, levando a bancarrota às reservas do país, provocando uma séria crise multilateral. É imperioso mudar a orientação conservadora dos fundamentos da economia brasileira.