Tecnologia e divisas
Quando Galileu construiu a primeira luneta, em 1609, para observar as montanhas da Lua, o Homem estendeu os olhos a lugares que só a imaginação alcançava. Depois vieram os telescópios poderosos, mas faltava um meio de levá-los ao espaço em missões mais ambiciosas, até que em 1957 a União Soviética assombrou o mundo com o lançamento do Sputnik, o primeiro satélite artificial.
Publicado 18/09/2015 13:11
Desde então a Ciência e a Tecnologia entregam-se a uma corrida sem limites para aperfeiçoar esses veículos, que propiciam todo tipo de observação e viabilizam experimentos – e o Brasil tem a ambição de ingressar nesse clube seleto.
Há muito o país fabrica satélites e monta bases de lançamento dos foguetes que os entronizam no espaço, a exemplo da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, e a de Alcântara, no Maranhão. Temos projetos conjuntos com a China e agora avançamos num arrojado programa com a companhia franco-italiana Thales Alenia Space, para desenvolver o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A novidade da semana foi o lançamento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de um edital de R$ 53 milhões de subvenção para empresas nacionais participarem do processo de transferência de tecnologia do satélite.
O SGDC, a ser concluído já em 2016, vai ampliar o acesso à banda larga em regiões remotas e garantir a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas. Além das vantagens práticas, o programa concentra um fecundo veio científico-tecnológico, em que as empresas nacionais podem criar e inovar. Este é um ramo de competição acirrada, se não controlada, de vez que a tecnologia militar não é compartilhada.
Ao Brasil também interessa o aspecto econômico, pois satélites e plataformas de lançamento rendem divisas milionárias. O País de Bartolomeu de Gusmão, que criou o aeróstato, e Santos Dumont, inventor do avião, tem condições de retomar essa linha evolutiva por um lugar no pódio da corrida espacial.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor
Aldo Rebelo
É jornalista. Foi eleito deputado federal pelo PCdoB-SP por seis mandatos consecutivos (1991 a 2015). Membro do PCdoB desde 1977. Em 2004/2005 foi ministro de Relações Institucionais do governo Lula. Presidente da Câmara dos Deputados entre 2005/2007. Ministro do Esporte no primeiro mandato do Governo Dilma, depois ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-ministro da Defesa.
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