Sou Cooperifa, e dai?
No primeiro turno publicamos aqui no hip-hop a Lápis uma carta do Aliado G dizendo que era candidato e suas razões. No segundo turno publicamos um artigo do Poeta Sergio Vaz com o título ''Sou Lula, e dai?''. Passada as campanhas eleitorais, outra campanh
Publicado 03/11/2006 11:02
A cooperifa é indicada a categoria Hip-Hop Ciência e Conhecimento, e eu voto cooperifa, e voto com as duas mãos. Esta certo que não é um voto fácil, ainda bem! Os outros indicados são todos parceiros, e admiro muito o trabalho de cada um, quer saber porque: Rap o Canto da Ceilândia – é um vídeo de se tirar o chapéu, se eu tivesse um eu tiraria. Participam dele dois caras singulares no hip-hop brasileiro o X fundador do Cambio Negro e o Japão do Viela 17. É o único vídeo concorrendo este ano, as produções deve se intencificar e o Hutúz percebendo a demanda faltamente criará uma categoria exclusiva para vídeos. Notícias Jugulares – Puta livro loco do meu parceiro de várias corridas Ridson Dugueto, visual ousado graças aos traços do graffiteiro Mateus Subverso. Você pode até não votar no mano, mas não pode deixar de ler essa parada. E ai, dúvido que você será o mesmo após virar a última página deste livro. Suburbano Convicto – O outro livro é de um cara já manjado, Alessandro Buzo. Fomos ''concorrentes'' nesta mesma categoria ano passado, ouve quem estranhou agente tirando fotos juntos, dando risada, trocando mó idéia. Porque a competição tem que ser encarada como algo saudável em que todos já estão ganhando, e um dos prêmios é a coletividade e o respeito. O último indicado, é embaçado até para comentar. O pessoal do NUC é uma família, do qual me sinto integrante. E fazem uma intervenção monstro no Alto Vera Cruz periferia de Belo Horizonte. Passando pelas mais diversas áreas como trabalho de moradia, sexualidade, educação e mais uma porrada de coisa. A produção artistisca então, não consigo descrever, porque o NUC é um grupo de RAP que desenvolve um trabalho junto com senhoras da terceira idade que preservam as cantigas de roda e junto com o pessoal da Capoeira. Como não existe paralelo, se você não viu, não consegue imaginar a dimensão desse trabalho! Você pode até perguntar: Mas se o barato é assim tão ivocado porque você vota Cooperifa? Existem alguns motivos para eu votar e declarar meu voto a Coperativa de Poetas da Periferia. O primeiro deles é que sou um Cooperiférico, sou filiado ao Partido Cultural da Periferia – Cooperifa. E entendo a Cooperifa como um QG, um quartel general que une guerrilheiros de todas as regiões, alguns desses soldados estão também concorrendo ao Prêmio. Sendo assim a medalha até vai para o soldado mais a vitória é de todo o exercito. Isto fez a Cooperifa transformar o bar do Zé Batidão num grande polo magnético que atrai muita energia positiva. Desorientando a agulha da bulsula cultural e o centro de produção artistica nas quartas feiras, na terceira maior cidade do planeta passa a ser a periferia da Zona Sul de São Paulo. Se estes motivos não bastassem tenho mais um, o general Sergio Vaz ano passado fez campanha para o Livro Hip-Hop a Lápis e é minha cara retribuir. Buzo, Renegado do NUC, Ridson Dugueto e uma par de gente da Cooperifa, já escreveram e fazem parte do Hip-Hop a Lápis. Só o Japão e o X que estão me enrrolando faz uma cota, mas vão mandar seus textos com certeza na sequência. Por tanto não me emporto quem ganhe, a vitória já é da periferia. Mas não podia deixar de passar essa oportunidade para demonstrar, que nós não temos o direito de nos omitir. Pois omissão também é crime! E eu sou desses que não me omiti no primeiro, nem no segundo turno. Não vai ser agora que não existe perigo de errar que vou ficar na encolha. Nesse prêmio, não tem nenhum Maluf, nenhum Enéias, nenhum Clodovil, nem Frank Aguiar… … a vida bem que pode imitar a arte!