Roberto Dinamite, obrigado!

A morte de um ídolo que marcou tanto nossa vida, é sempre complicada. Fica a incômoda impressão de que estamos, aos poucos, morrendo também.

Foto: Daniel Ramalho/Vasco da Gama

Recordo ainda como todos se abraçavam na arquibancada, com a simples marcação de uma falta, pois era Roberto Dinamite quem iria bater, e o gol era certo.

Aqueles dias de vitória do Vasco com gol de Roberto são inesquecíveis e sei que jamais o futebol me dará alegria semelhante.

Hoje, quando a brisa da desesperança beija e balança a sagrada bandeira cruzmaltina, é a lembrança dos gols e lances do meu ídolo de infância que comove e acalanta meu velho e orgulhoso coração vascaíno.

Fui ao velório em São Januário e só com muito esforço contive as lágrimas ao passar por seu caixão.

Foto: acervo do autor

Dinamite, meu herói primevo. Herói também do meu irmão e do nosso falecido pai (que me “acusava” de ser mais Roberto do que Vasco), herói de tantos que pelo Brasil choram sua perda.

A morte de um ídolo que marcou tanto nossa vida, é sempre complicada. Fica a incômoda impressão de que estamos, aos poucos, morrendo também.

Para quem tem o consolo da crença religiosa, ainda resta a esperança de que o “Deus da Bola na Rede” seguirá eterno em sua glória nos gramados do além. Para mim, só resta dizer, com os olhos marejados: Obrigado Dinamite!

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