Paradoxos

Em meio ao turbilhão provocado pelo grandioso espetáculo futebolístico, cultural, a Copa Mundial, expressão da pujança das identidades nacionais, apesar dos tempos de globalização, aventuro-me a tecer comentários s


É definitiva a pretensão do Partido dos Trabalhadores de lançar candidatos ao governo em dezoito estados da federação. Trata-se de um objetivo assegurado pelo Estado de Direito, e as normas vigentes da atual legislação eleitoral.

Invocam a reconquista da auto-estima dilacerada pelos episódios que todos testemunhamos. Apesar de várias discordâncias, os comunistas comportaram-se com lealdade para com um aliado tão próximo.

O presidente da República, ao contrário dos efeitos sofridos pelo PT, através da intensa crise que sacudiu a nação, saiu-se não apenas ileso deste duelo medonho com as oposições, como cresce a cada pesquisa eleitoral.

Na última, organizada pelo Ibope, atingiu a marca de 60% da preferência do eleitorado brasileiro. A novidade é que os eleitores tradicionais, principalmente de assalariados da classe média, que sufragaram o nome de Lula durante as suas últimas campanhas, encontram-se insatisfeitos.

A grande base dos seguidores do principal mandatário da nação, encontra-se nos segmentos populares da sociedade brasileira. Baseado nas constantes pesquisas divulgadas pela mídia, o presidente poderá atingir uma marca recorde de votação em todo o país, salvo algum terremoto político.

Pela fotografia atual, há uma distância quilométrica entre a provável votação em Luís Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores. Pelas análises dos seus próprios dirigentes, verá reduzida a sua bancada federal.

Na oposição, Alckmin do PSDB patina até o momento, em 19% da preferência do eleitorado. O Departamento Intersindical da Assessoria Parlamentar (DIAP), avalia que o atual Congresso Nacional sofrerá uma renovação de 62%. O PT seria o partido mais atingido.

Para Lula, visualiza-se uma ampla coalizão de centro para a governabilidade. Vejamos a tática eleitoral dos outros partidos de esquerda, aliados desde as eleições de 1989.

São organizações teimosamente sobreviventes e experimentadas ao longo de várias épocas, algumas tenebrosas, da história nacional. E possuem um projeto para os caminhos do desenvolvimento econômico e social do país.

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