O PSDB é um programa de humor

Há tempos tenho dito: sempre que o PSDB não faz a menor ideia do que fazer, convoca um congresso para deixar tudo como está e ver como é que fica. Agora, nesse episódio de marcar data para romper com o governo Temer, chegaram ao nível máximo da piada pronta.

A começar da data escolhida – Dia dos Namorados -, fazendo a alegria dos criadores de memes da internet. Como adolescentes de primeiro beijo, fizeram a cena de separação rezando pro parceiro pedir a volta. Depois de uma cartinha perfumada e um ramalhete vagabundo, as pazes vieram a bem da "governabilidade".

Fossem sérios, ao menos teriam escolhido o Dia de Santo Antônio e trocado alianças no altar, como manda a tradição. Mas nem isso: na mesma reunião que decidem se manter na sustentação do governo, resolvem recorrer contra a decisão do TSE que não cassou o mandato de Temer. Ou seja: querem os presentes do namoro, mas mantendo os encontros furtivos com o amante. E nem ficam corados!

Chega a ser vergonhoso para o país que um partido tão burlesco, caricatural, que sequer se leva a sério, tenha sido o polo mobilizador das elites por tanto tempo. Infelizmente, nada mais a cara da cafona elite brasileira, que faz cara de rica aqui para ser serviçal em Miami.

Pensando bem, o PSDB deveria vender direitos de transmissão de suas reuniões internas para a televisão, como programa humorístico. Poderia, por exemplo, ser um quadro de "A Praça é Nossa" ou passar entre as Videocassetadas e a Dança dos Famosos, no Faustão.

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