Foi por isso que nós lutamos?

Eram os anos 60. Em 1949, a “longa marcha” liderada por Mao Tse Tung chegava ao fim com a vitória dos comunistas na China. Dez anos mais tarde os “barbudos de Sierra Maestra”, liderados por Fidel Castro, assumiam o poder em Cuba e punham fim a ditadura de

Em 1973, sob a liderança de Ho Chi Minh, os Estados Unidos foram expulsos do Vietnam. Por todo o mundo explodiam lutas de caráter revolucionário ou anticolonial. Florescia a liberdade e as idéias progressistas prosperavam.


 



Mas, como o “novo nega o velho e o velho nega o novo”, logo vieram as trevas. Golpes de estado, instrumentalizados pelos EUA e executados pela CIA, interromperam esse ciclo progressista e deram início aos “anos de chumbo”, caracterizado por ditaduras sangrentas, cujo principal objetivo era interromper esse ciclo progressista.


 



A luta de resistência volta à cena. Milhares de patriotas perderam o emprego, a liberdade e a própria vida no enfrentamento a essas ditaduras e na luta por liberdade, soberania nacional e ampliação das conquistas democráticas.


 



Hoje, graças a estas conquistas democráticas, até gente que apoiou e financiou essas ditaduras, como o pessoal do “Cansei”, pode se manifestar livremente. Muita gente tem me questionado se valeu apenas lutar para assistir um Paulo Zottolo da vida, dublê de presidente da Phillips e “líder” dos cansados, destilar seu ódio e preconceito contra o Piauí.


 



E eu lhes respondo que sim. Nós lutamos para ampliar as liberdades democráticas, para assegurar a livre manifestação de pensamento a todos os segmentos sociais. A forma como cada segmento usará o espaço é que vai definir o conteúdo de seus manifestantes. Assim, enquanto a manifestação dos “cansados” expressa elevado grau de preconceito, ódio de classe e reacionarismo, os trabalhadores e a juventude em particular utilizam este mesmo espaço lutando por mais liberdade, mais democracia e mais conquistas sociais.


 



Portanto, de minha parte, continuarei me empenhando para que todos, inclusive os “cansados”, possam dispor daquilo que sempre nos negaram: liberdade de expressão.

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