Ciência ao mar

O Brasil lançou ao mar o mais moderno e bem equipado navio oceanográfico da atualidade, com a missão de combinar Ciência e Defesa na plataforma marítima nacional que se estende por mais de 4 milhões de km².

O Vital de Oliveira, homenagem a um militar-cientista, já está singrando a superfície e vasculhando o fundo do Oceano Atlântico em pesquisas que abrangem as quatro principais áreas da Oceanografia (biológica, física, química e geológica). Na mesma viagem, garimpa recursos naturais para exploração comercial. As enormes jazidas de petróleo e gás certificadas na camada pré-sal, a 7 mil metros de profundidade, são uma amostra da riqueza submersa.

O Vital de Oliveira é ao mesmo tempo estação científica e militar, pois conduz tripulantes e pesquisadores, e oceanógrafos de instituições civis. Dispõe de cinco laboratórios e 28 equipamentos de última geração tecnológica – inclusive um robô que desce a 4 mil metros de profundidade. Com eles e o conhecimento dos cientistas dá-se prosseguimento ao mapeamento do Atlântico Sul em níveis semelhantes aos já alcançados por países mais desenvolvidos, que procuram nos oceanos fontes de riqueza para suas sociedades.

Construído com recursos dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e o da Defesa e das empresas Petrobrás e Vale, o navio expressa a cooperação entre os braços cientifico e militar do Estado brasileiro com a iniciativa privada e a comunidade acadêmica. O projeto é que mais quatro embarcações desse porte tecnológico estejam em operação nos próximos anos.

Apesar de explorado há milênios, o mar ainda é uma incógnita em muitos aspectos. A Ciência trabalha para desvendá-lo e pôr seus recursos a serviço da Humanidade, apontando os limites que devemos impor ao perigo de uma superexploração no futuro. A alta tecnologia empregada nos navios oceanográficos serve tanto para indicar o uso responsável das riquezas detectadas, como para indicar que ela

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