A segurança nas Olimpíadas do Rio

Garantir a segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é um dos objetivos centrais do Ministério da Defesa. Com a experiência acumulada em grandes eventos anteriores, como a Copa de 2014, e também o apoio de países que mantêm vigilância antiterrorista como rotina, o Brasil empenha-se em criar um arsenal ostensivo e dissuasório para prevenir e imediatamente reparar qualquer agressão aos onze mil atletas, ao público, aos jornalistas e profissionais que trabalham na organização do evento. 

Atenção especial será dada, como manda o protocolo, aos 100 chefes de Estado ou de governo que já anunciaram sua presença no Rio de Janeiro.

Em um esforço interministerial, a pasta da Defesa prepara 38 mil militares para trabalharem conjuntamente com outros 47 mil agentes de segurança no Rio e nas outras cinco cidades que receberão os jogos de futebol – Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo. Nas Paraolimpíadas, em setembro, os militares serão 18 mil.

O aparato de vigilância física e tecnológica tem capacidade de prevenir as agressões clássicas praticadas com armas e explosivos, mas inclui um sofisticado conjunto de instrumentos voltados para identificação e repressão de ameaças de natureza cibernética, química, biológica, radiológica e nuclear.

Leve-se em conta que, ao contrário do que é propalado pelos que universalizam o campo de ação do terrorismo, como se todos os países fossem alvos equivalentes, o Brasil não apresenta em sua trajetória geopolítica nenhuma vulnerabilidade peculiar. Nação pacífica, não suscita reações extremadas como os atentados que estão alcançando várias cidades do planeta. Daí porque a prevenção privilegia ataques seletivos a delegações mais visadas. No episódio trágico dos Jogos de Munique, em 1972, o alvo não foi a anfitriã Alemanha propriamente dita, mas a equipe de Israel, chacinada pelo grupo árabe Setembro Negro.

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