A primeira mobilização sob governo Dilma

Jovens de todo o país estarão em janeiro de 2011 na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro para uma maratona de atividades: Coneb da UNE, Encontro de Grêmios da UBES e Bienal de Cultura dos estudantes.

O momento é privilegiado para apresentar as pautas dessa importante parcela da população, em especial no que tange à educação. Por isso, deve ser encarado não sob um prisma, de certa forma burocrático, de mera continuidade do processo político hoje em curso no país.

A eleição de Dilma, para qual a mobilização popular foi fundamental, precisa ter a marca, sobretudo, de um novo impulso para o desenvolvimento do Brasil, para ampliação das conquistas e de direitos sociais e melhoria da vida do povo. E isso – "abaixo às ilusões", como diria nosso presidente Renato Rabelo – não virá num processo mecânico, automático, sem luta política e sem gente na rua.

Passada a eleição, feito o balanço da gloriosa vitória obtida pelo povo, é preciso repor questões que serão balisadoras do novo governo – sim, porque é um novo governo -, entre elas a relação com os movimentos sociais. Da parte de quem está do lado de cá do balcão, sabemos que a pressão foi, é e continuará sendo o melhor mecanismo para se fazer ouvir e conquistar.

Nada melhor do que apresentar, logo de cara, o cartão de visitas do movimento social: realizar uma grande manifestação, com milhares de jovens, com propostas claras e consistentes para o avanço da educação no país.

Aliás, um parêntese: é importante desnudar essa ladainha de que o governo Lula esgotou as pautas do movimento educacional. Uma passada de olho no projeto de Reforma Universitária aprovado pela UNE demonstra justamente o contrário. Se é fato que os avanços existiram, é igualmente verdade que precisamos atravessar uns três desertos para chegar à educação ideal.

Concordando com a Folha

Por incrível que pareça, a Folha de São Paulo escreveu belíssimo editorial sobre o problema do ENEM, em sua edição do dia 11. Defende o exame e coloca opções interessantes para melhorá-lo: mais oportunidades de avaliação, provas regionalizadas e outras coisas. Vale a pena ler e refletir.

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