A Agenda Política

A agenda política nacional neste início de ano tem sido bastante movimentada e em constante alteração. É possível destacar, entre outros, um fato marcante – a eleição à presidência da Câmara dos Deputados. Essa disputa saiu do âmbito interno do círculo do

Seja qual tenha sido o eleito, o presidente Aldo Rebelo defendeu a sua candidatura com o argumento da pluralidade e do equilíbrio de poder em relação às instituições do país.


 



Considerou, com justeza, um erro a hegemonia de um único partido, o Partido dos Trabalhadores – PT, na Presidência da República e Câmara Federal, o terceiro posto da sucessão na ausência periódica do Presidente. Acrescentando que esse mesmo partido, ao que tudo indica, deverá ocupar a maioria dos Ministérios. Estaríamos presenciando o desvirtuamento em relação ao espírito de coalizão que conduziu Lula ao segundo mandato lastreado em esmagadora votação.


 



A recondução de Aldo confirmaria o sentido imprescindível ao governo para materializar políticas de crescimento econômico, inclusão social, sustentado em amplas forças políticas democráticas e largas bases populares. Caso contrário cairíamos no exclusivismo de uma só agremiação conduzindo os destinos das linhas estratégicas governamentais e administrativas do Brasil.


 



É importante frisar a declarada preferência do Presidente pela eleição de Aldo Rebelo. Apesar disso o Partido dos Trabalhadores lançou Chinaglia à disputa.


 



Essa atitude propiciou o surgimento de um candidato contrário ao campo governamental, Maurício Fruet, do PSDB. Em conseqüência, formou-se um bloco parlamentar nucleado pelos PDT, PSB e PCdoB, com a possibilidade da adesão do PAN, PHS e PMN.


 



Caso se concretize a incorporação dos outros partidos, surgirá uma grande força na Câmara Federal com 92 deputados. As relações com o Partido dos Trabalhadores será de parceria, mas o embate na Câmara deverá conformar uma nova fase de alianças no campo governamental e a possibilidade do novo bloco atuar com independência e desenvoltura próprias. O que se desenha é bem mais que a eleição à presidência da Câmara.

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