Bolsonarista do atentado a bomba faz gastos incompatíveis com sua renda

O Coaf revelou à CPMI do Golpe que, no ano passado, George Washington movimentou R$ 747 mil, valor incoerente com seu patrimônio

George Washington na CPMI do Golpe (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Preso depois de tentar explodir uma bomba num caminhão-tanque próximo ao aeroporto de Brasília, o bolsonaristas George Washington de Oliveira gastou R$ 747 mil no ano passado. O valor é incompatível com seu patrimônio.

As informações, segundo o colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, foram enviadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, a CPMI do Golpe.

“Não podemos desconsiderar que os valores de gastos em cartão de crédito não condizem com a capacidade financeira declarada”, afirmou o relatório, que também registrou “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e capacidade financeira” e “gastos atípicos”.

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De acordo com o relatório, a movimentações financeiras foram feitas em três bancos. No primeiro, movimentou R$ 167 mil de março a dezembro; no segundo, R$ 365 mil de junho a dezembro; no último, R$ 215 mil de junho a dezembro.

O Coaf considerou suspeitas as movimentações depois que os próprios bancos declararam que o bolsonarista tinha renda estimada de R$ 1,1 mil e outro de R$ 4 mil por mês.

Washington foi preso no dia 24 de dezembro, pouco depois de a polícia encontrar o explosivo que estava num caminhão com 60 mil litros de querosene. O artefato só não causou uma tragédia por causa de uma falha técnica.

No depoimento à CPMI, o bolsonarista usou um habeas corpus para não responder os questionamentos.

Por exemplo, ele ficou calado quando indagado sobre como conseguiu o arsenal e quem financiou sua vinda e estadia num apartamento numa área nobre na capital.

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