Senado dos Estados Unidos confirma decisão da Câmara para evitar calote

Medida que suspende o teto da dívida foi articulada pelo presidente Joe Biden com a oposição para evitar o primeiro calote da maior economia do mundo

Imagem: photovs/iStock

Sinal dos tempos. A maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades em pagar as contas. Para evitar o primeiro calote da história dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden articulou com o Congresso uma medida para suspender o teto da dívida.

Dessa maneira, o Senado dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira (1) a legislação que suspende o atual teto de dívida de US$ 31,4 trilhões até 1º de janeiro de 2025 e que corta gastos pelos próximos dois anos. A votação no Senado foi de 63 votos favoráveis contra 36 discordantes.

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Na Câmara de Representantes dos EUA (equivalente à Câmara dos Deputados) o projeto havia sido aprovado na quarta-feira (31) por 314 votos a 117.

A rapidez na aprovação pelas duas casas somente se deu após meses de disputa e pelo prazo apertado, uma vez que na próxima segunda-feira, dia 5 de junho, vence a data para o governo pagar as dívidas. Dessa maneira o presidente deve sancionar a medida o quanto antes.

Joe Biden, que é do partido democrata, teve que negociar com o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

Ao ser aprovada a medida no Senado, o democrata líder da maioria, Chuck Schumer, declarou: “Estamos evitando o calote esta noite”.

O valor da dívida que o governo pode assumir é limitado, independente das verbas colocadas pelo Congresso. Por isso a necessidade da nova legislação que aprovou a suspensão do teto da dívida.

Corte de gastos

projeto de lei bipartidário associa a suspensão do limite da dívida a um pacote de cortes de gastos. Ele estabelece limites de gastos para o orçamento federal, ao mesmo tempo em que faz mudanças nas políticas, incluindo: uma recuperação de aproximadamente US$ 27 bilhões em agências federais destinadas a combater a pandemia do covid-19 e uma revisão de permissão para projetos de energia.

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Além disso, inclui limites de idade mais altos para os requisitos de trabalho em certos programas federais de rede de segurança, como vale-refeição, elevando a idade máxima de 50 para 54 até 2025. Também cria novas isenções que dispensam esses requisitos para todos os veteranos e aqueles que sofrem sem-teto e jovens adultos entre 18 e 24 anos de idade fora de um orfanato.

*Informações de Agências. Edição Vermelho, Murilo da Silva.

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