Desemprego fica em 8,5% em abril, menor nível desde 2015

No mesmo período do ano passado, a taxa ficou em 10,5%. País tem cerca de 9,1 milhões de desempregados, o que representa estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro.

Vagas de emprego anunciadas no centro de São Paulo | Foto: Marcos Santos/Jornal da USP

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, que foi de 8,4%. Essa é a menor taxa de desemprego para o período de abril desde 2015, quando foi de 8,1%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego caiu 2 pontos percentuais. Veja a íntegra do relatório aqui.

O número de pessoas desempregadas ficou em 9,1 milhões, um aumento em relação ao trimestre anterior, que tinha 9 milhões de desempregados. No entanto, quando comparamos com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 19,9% no número de desempregados, representando 2,3 milhões de pessoas a menos.

Por outro lado, o número de pessoas empregadas, que foi de 98 milhões, teve uma queda de 0,6% em comparação com o trimestre anterior, representando 605 mil pessoas a menos. Essa queda segue uma tendência histórica sazonal, ou seja, é algo esperado historicamente para o trimestre de abril em relação a janeiro, exceto durante a pandemia.

A queda no número de pessoas empregadas foi impulsionada pelos setores de serviços domésticos, que registrou retração de 3,3% (ou menos 196 mil pessoas), além dos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (queda de 2,4% ou 204 mil pessoas) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (diminuição de 1,4% ou 265 mil pessoas).

Já a população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles que não estão trabalhando nem procurando emprego, aumentou em 1,3% em comparação ao trimestre anterior, representando 885 mil pessoas a mais. Na comparação anual, houve um aumento de 3,5%, correspondendo a 2,3 milhões de pessoas a mais.

Subutilização

A taxa de subutilização, que mede a proporção de pessoas que estão desempregadas ou trabalhando menos horas do que gostariam, apresentada em comparação com os trimestres anteriores, foi de 18,4%, uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda de 4,1 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Isso significa que menos pessoas estão subutilizadas, totalizando 21,0 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 2,5%, representando 533 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior e uma queda de 19,6% (5,1 milhões) em relação ao ano anterior.

O número de pessoas que estão fora da força de trabalho, ou seja, não estão empregadas nem procurando emprego, aumentaram. No último trimestre, havia 67,2 milhões de pessoas nessa situação, um aumento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego por falta de perspectivas, apresentou uma redução. No trimestre anterior, havia 3,8 milhões de pessoas nessa situação, uma queda de 4,8% (menos 192 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e uma queda de 15,3% (menos 682 mil pessoas) na comparação anual.

A proporção de desalentados em relação à força de trabalho também apresentou uma queda. No último trimestre, essa taxa foi de 3,4%, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda de 0,6 ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Mercado de trabalho

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou estável em comparação com o trimestre anterior e apresentou um aumento de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 36,8 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado (cerca de 12,7 milhões) apresentou uma queda de 2,9% (menos 383 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

O número de trabalhadores por conta própria, cerca de 25,2 milhões de pessoas, ficou estável em ambas as comparações.

O número de trabalhadores domésticos, com aproximadamente 5,7 milhões de pessoas, caiu 3,2% no trimestre e ficou estável ante o trimestre encerrado em abril de 2022. Já número de empregados no setor público (12,0 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 4,1% (mais 473 mil) na comparação anual.

taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,0 milhões de trabalhadores informais) contra 39% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.

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Fonte: IBGE

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