Lula e Alckmin defendem neoindustrialização para impulsionar o desenvolvimento

Em artigo, presidente e vice apontam a indústria como central para o crescimento e “fio condutor de uma política econômica voltada para a geração de renda e de empregos”

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Neste Dia da Indústria, 25 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, abordaram o tema da neoindustialização que vem sendo defendida pelo governo como forma de recuperar o setor, a economia e promover empregos e renda. Em artigo publicado em O Estado de S.Paulo, eles acenam tanto para a indústria quanto para setores como meio ambiente, tecnologia, comércio e agricultura, sem deixar de lado os aspectos humano e social, fundamentais para a construção de um país igualitário. 

Após fazer um breve diagnóstico sobre as dificuldades enfrentadas pela indústria nos últimos anos — inclusive a falta de produtos de maior valor agregado e de maior “sofisticação produtiva” para qualificar as exportações —, Lula e Alckmin apontam que “a neoindustrialização brasileira requer iniciativa, planejamento e gestão. Nossa diversificação precisa ser criteriosa, a partir dos setores em que já temos know-how, na direção daqueles que podem gerar maior valor adicionado e nos quais temos capacidade de ser competitivos”. Nesse cenário, apontam medidas como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). 

Leia também: Carro popular entra no radar do governo como forma de aquecer indústria

Também defendem a necessidade “de uma política industrial inteligente, para o novo momento da globalização”. Nesse sentido, argumentam que “oportunidades comerciais se abrem para uma potência verde como nosso país. A redução do uso de combustíveis fósseis na indústria automotiva se dará com o carro elétrico, mas também com biocombustíveis. Podemos exportar carros ou motores flex para mercados aptos a usar etanol na Ásia, na África e na América Latina”. 

Ainda sobre a questão energética e sua imbricação ambiental, Lula e Alckmin salientaram a existência de “oportunidades com o retorno do Brasil ao mapa de investimentos internacionais, aproveitando vantagens em energias renováveis. Com quase 90% da nossa matriz elétrica limpa e expansão da energia eólica e solar, devemos focar em atrair investimentos verdes”. 

Leia também: Indústria brasileira cresce 1,1% em março após duas quedas seguidas

Após abordarem o estímulo à agroindústria e à economia do campo, o presidente e o vice reafirmam a necessidade de uma reforma tributária “eficiente e justa”, capaz de “destravar, desburocratizar e simplificar processos que prejudicam a indústria”. 

Ao concluírem o artigo, Lula e Alckmin salientam a centralidade do “capital humano bem formado” e da inclusão social. Por isso, escreveram, “celebramos os investimentos no novo Bolsa Família”. E apontaram a indústria como “o fio condutor de uma política econômica voltada para a geração de renda e de empregos mais intensivos em conhecimento, inclusive no setor de serviços. E de uma política social que investe nas famílias – trabalhadores de hoje e de amanhã”. 

Com informações de O Estado de S.Paulo

(PL)

Autor