PF faz operação contra PMs do DF por omissão nos atos golpistas

Foram cumpridos um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão. Objetivo é identificar participantes, financiadores e pessoas que se omitiram ou fomentaram os ataques

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Como parte da 12ª fase da Operação Lesa Pátria, a Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (23), um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão contra suspeitos de participarem dos atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Os alvos são policiais militares do Distrito Federal que teriam se omitido durante os ataques e dado ordem de recuo à tropa. 

Durante a operação, foi preso o major Flávio Silvestre de Alencar, que já havia sido detido preventivamente na 5ª fase e solto em seguida. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Segundo informado pela PF, o objetivo dessa fase da investigação é identificar participantes, financiadores e pessoas que se omitiram ou fomentaram os ataques. 

Leia mais: Ações antidemocráticas de bolsonaristas saltaram 379% em 2023

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Na fase anterior da operação, ocorrida no dia 11, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão de suspeitos de financiarem os atos nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. 

No âmbito da Lesa Pátria, sem contar a operação de hoje e a anterior, foram cumpridos 65 mandados de prisão preventiva; quatro de temporária, 174 de busca e apreensão e foram instaurados 17 inquéritos policiais. 

Outra operação, realizada também pela PF nesta terça no Tocantins, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão contra investigados por fechar rodovias e financiar os bloqueios após o resultado das eleições presidenciais em 2022. A autorização para as ações foi dada pela 4ª Vara Federal de Palmas. 

Neste caso, os investigados podem responder pelos crimes de tentativa de abolição do Estado democrático de direito e por tentativa de depor o governo legitimamente constituído.

Com informações da Polícia Federal e Agências