Adhemar Ferreira da Silva se torna Herói da Pátria

Ícone do salto triplo foi o primeiro bicampeão olímpico do Brasil

Fotos: Arquivo Adhemar Ferreira da Silva

O livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília (DF), acaba de ganhar um novo nome: Adhemar Ferreira da Silva.

O primeiro bicampeão olímpico do Brasil, que competia no salto triplo, teve o seu nome incluído como herói nacional na quinta-feira (11), após sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Lei nº 14.575/2023 e publicação no Diário Oficial da União.

Adhemar começou a se notabilizar em 1950, quando saltou 16 metros e igualou o recorde mundial do japonês Naoto Tajim.

Em 1951, com 24 anos, pulou 16m01, no Rio de Janeiro, e se tornou o primeiro atleta a quebrar a barreira dos 16 metros.

Quando chegou nas Olímpiadas de Helsinque, em 1952, ele quebrou o seu próprio recorde quatro vezes. Saltou 16,05m, 16,09m, 16,12m e 16,22m – o que lhe rendeu o ouro olímpico.

A medalha foi a segunda conquista na história pelo Brasil. A primeira tinha sido 32 anos antes na Antuérpia, conquistada por Guilherme Paraense no tiro esportivo.

Ao comemorar a vitória, o saltador inaugurou a tradição da volta olímpica por atletas de esportes individuais – ato iniciado pela seleção de futebol uruguaia em 1924.

Já em 1956, a superação aconteceu novamente e Adhemar saltou 16,35m nos Jogos de Melbourne, na Austrália. Com isso novo recorde, além de se tornar o primeiro bicampeão olímpico do Brasil.

Outras importantes vitórias aconteceram em sua carreira como o tricampeonato dos Jogos Pan-Americanos: Buenos Aires (1951), Cidade do México (1955) e Chicago (1959).

As referências às conquistas do atleta também estão representadas nas duas estrelas douradas acima do escudo do São Paulo Futebol Clube. As estrelas remetem a Adhemar, pois entre 1946 e 1955 ele competiu pelo clube. Uma das estrelas se refere ao recorde mundial dos Jogos Olímpicos de 1952 e a outra ao recorde conquistado no Panamericano de 1955, na Cidade do México, quando saltou 16,56m, quebrou novamente o recorde mundial e atingiu o seu auge com a melhor marca da carreira.

Confira vídeo do Comitê Olímpico Brasileiro contanto a história desse ícone nacional e veja imagens que atestam a grandiosidade do atleta.

*Com informações Planalto. Edição Murilo da Silva

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