Governo se solidariza com palestinos e pede fim de tensões na Faixa de Gaza
Em meio a novos ataques nesta semana, Ministério das Relações Exteriores emitiu nota na qual defende ser urgente a retomada das negociações de paz entre Israel e Palestina
Publicado 11/05/2023 15:36 | Editado 11/05/2023 15:50
O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota nesta terça-feira (9) em solidariedade ao povo palestino após bombardeios israelenses que haviam deixado 13 mortos no início da semana. O número já subiu para 28, segundo o Ministério da Saúde em Gaza. No documento, o MRE reitera o compromisso do Brasil com o direito internacional, inclusive o humanitário, e a solução de dois Estados e pede o fim da escalada de tensão na região.
Após expressar consternação e prestar condolências aos familiares das vítimas, a nota diz que “o Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, já se tenham registrado as mortes de mais de 100 palestinos e mais de 15 israelenses em conflito. Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro apela às partes que se abstenham de ações que levem a uma escalada de tensão”.
Por fim, a nota diz que “o Brasil reitera seu compromisso com o direito internacional, com o direito internacional humanitário e com a solução de dois Estados, para que Palestina e Israel possam conviver em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”.
A violência israelense já levou à morte de 25 palestinos, incluindo crianças, além de ter deixado 76 feridos desde terça-feira (9). Os ataques teriam como alvo o movimento Jihad Islâmica, considerado “terrorista” por Israel e aliados, entre os quais os Estados Unidos. Até esta quarta-feira (10), não havia informações sobre vítimas em Israel.
A escalada de violência está sendo considerada a pior desde agosto de 2022. O Egito tenta negociar um cessar-fogo.
O território palestino da Faixa de Gaza tem 2,3 milhões de habitantes. Em 2007, passou a ser comandada pelo movimento islâmico Hamas e vive sob bloqueio israelense. Desde 2008, diversos conflitos ocorreram na região, que sofre com a pobreza e a falta de estruturas básicas.
Leia abaixo a íntegra da nota:
O Governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, do bombardeio realizado na madrugada de hoje pela Força Aérea de Israel a áreas residenciais na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina, provocando a morte de ao menos 13 cidadãos palestinos, incluindo 10 civis, dentre os quais crianças.
O Governo brasileiro expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo do Estado da Palestina.
O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, já se tenham registrado as mortes de mais de 100 palestinos e mais de 15 israelenses em conflito. Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro apela às partes que se abstenham de ações que levem a uma escalada de tensão.
O Brasil reitera seu compromisso com o direito internacional, com o direito internacional humanitário e com a solução de dois Estados, para que Palestina e Israel possam conviver em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz.
Com MRE e agências