MP-GO denuncia 16 investigados por fraudes em jogos de futebol

Os promotores descobriram que os atletas eram aliciados pela quadrilha, que prometia ganhos entre R$30 mil a R$500 mil. Ao todo, MP-GO investiga 13 partidas.

Foto: Divulgação

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou à Justiça, nesta terça (9), 16 pessoas por fraude por manipulação de resultados em jogos de futebol. Ao todo, são 13 partidas investigadas por favorecer apostas esportivas, nove delas disputadas em 2022 e o restante neste ano.

A acusação é resultado da Operação Penalidade Máxima II que apura 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas. Segundo o MP, os jogadores se comprometiam a cometer faltas, receber cartões amarelos e cometer pênaltis para beneficiar toda a quadrilha

A denúncia foi assinada por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado.

São investigadas oito partidas do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, uma partida da Série B de 2022 e outras quatro partidas de campeonatos estaduais de 2023. Para o MP, os clubes e as casas de apostas são considerados vítimas.

“Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo, como www.bet365.com e www.betano.com. O grupo se vale, ainda, de inúmeras contas de terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registra a atuação de intermediadores para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções”, explica a nota do MP-GO.

Com a denúncia, tornam-se réus sete jogadores e nove operadores do esquema. Os jogadores são Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

As operações Penalidade Máxima I e Penalidade Máxima II foram deflagradas em fevereiro e abril deste ano, respectivamente. Através dela, os investigadores descobriram que os atletas eram aliciados pela quadrilha, que prometia ganhos entre R$30 mil a R$500 mil.

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