Haddad projeta aprovação das reformas tributária e fiscal até julho

“Ministério da Fazenda nunca recebeu tantos políticos. Minha agenda está aberta para o Congresso a fim de mostrar a importância dos temas”, diz Fernando Haddad

Foto: Ministério da Fazenda

Se depender das projeções do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo Lula vai conseguir aprovar até julho dois dos principais projetos do Executivo para a área econômica: o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta sexta-feira (5), Haddad exaltou a relação com o Congresso Nacional, especialmente com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Na transição de um governo para o outro, Bolsonaro sumiu, o Guedes sumiu. Quem avalizou a transição foi o Pacheco e o Lira”, lembrou Haddad, que quer votar as duas medidas ainda no primeiro semestre. “Acredito que em maio ocorra votação do regra fiscal e, em junho, no máximo na primeira semana de julho, a reforma tributária”.

Segundo o ministro, as tratativas com deputados e senadores estão avançadas. “O Ministério da Fazenda nunca recebeu tantos políticos. Minha agenda está aberta para o Congresso a fim de mostrar a importância dos temas – e tenho percebido uma receptividade muito grande”, relatou.

Haddad relativizou a derrota da gestão Lula na votação do marco do saneamento nesta semana. A seu ver, houve um erro de estratégia. “Ficou claro que o Congresso não ia topar rever por decreto algo que o próprio Congresso aprovou”, resumiu. No caso do arcabouço, ele diz que o governo “não está inventando nenhuma jabuticaba”, mas, sim, inspirando-se em modelos já adotados em países desenvolvidos.

Na quinta-feira (5), em entrevista a jornalistas, ele frisou que a reforma tributária é “um dos maiores desafios” do Brasil: “O problema tributário no País é muito mais grave para a produtividade da economia do que o educacional. Se não resolvermos a colcha de retalhos que é o sistema tributário – que penaliza empresários mais eficientes – não teremos economia para competir no mundo”.

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