Bolsonaro depõe à Polícia Federal sobre atos golpistas nesta quarta, 26

Determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após pedido da PGR, depoimento acontece às 9h, na sede da PF em Brasília.

Foto: Marco Bello/tagreuters.com

O ex-presidente Jair Bolsonaro presta depoimento à Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (26), no inquérito que investiga os atos de golpistas ocorridos em 8 de janeiro. O depoimento foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última semana, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os investigadores acreditam que uma postagem feita pelo ex-presidente no dia 11 de janeiro pode ligar aos atos golpistas, já que a publicação questionava o sistema eleitoral sem apresentar provas.

A PGR solicitou o depoimento de Bolsonaro enquanto ele ainda estava nos Estados Unidos, onde ficou por três meses após deixar o governo. Com sua volta ao Brasil em 30 de março, Moraes ordenou a marcação da audiência. O ex-mandatário também prestou depoimento à PF sobre o caso das joias sauditas apreendidas com sua equipe de governo.

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Os investigadores da PF devem questionar se há conexões entre Bolsonaro e financiadores de caravanas para os atos, bem como outras pessoas envolvidas nos ataques. A operação da PF sobre o caso também envolveu Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro.

A polícia também deve explorar o silêncio do ex-presidente diante à mobilização de golpistas acampados em frente aos quartéis-gerais do Exército, incluindo o de Brasília, de onde saíram os extremistas em 8 de janeiro.

Além disso, a PF investiga a proximidade de Bolsonaro com Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança do Distrito Federal, que está preso há mais de três meses sob acusação de omissão e conivência com os ataques golpistas. Embora tanto Torres quanto Bolsonaro estivessem nos EUA no dia da invasão, ambos negam ter se encontrado ou tratado do assunto.

Durante a oitiva, Bolsonaro estará acompanhado por três pessoas: seus advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, e Fábio Wajngarten. O ex-chefe da Secom é também advogado e, por isso, conseguiu ser incluído no grupo.

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com informações de agências

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