Trump é acusado por ‘compra de silêncio‘ de ex-atriz pornô

Na quinta-feira (30), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indiciado pela Justiça de Nova York por irregularidades no pagamento para que ex-atriz pornô Stormy Daniels (Stephanie Clifford) não falasse sobre a relação que tiveram.

Trump é o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar um processo criminal.

O caso aconteceu em 2016 e a alegação é de que Daniels tenha recebido US$ 130 mil para que não se pronunciasse sobre encontros sexuais com o ex-presidente que ocorreram em 2006. Trump nega ter mantido relações com ela.

O pagamento teria sido feito às vésperas das eleições presidenciais como forma de silenciá-la para que um escândalo extraconjugal não prejudicasse o desempenho nas urnas.

Apesar de não ser ilegal um acordo de confidencialidade por uma compensação financeira, ainda que a ex-atriz tenha se sentido compelida a aceitá-lo, o que pesa sob Trump é a forma como os pagamentos foram feitos.

O responsável pelo pagamento, o advogado Michael Cohen teria recebido o reembolso de US$ 420 mil sobre os US$ 130 mil utilizados para comprar o silêncio de Daniels, além de ter a cobertura de obrigações fiscais e um acréscimo de bônus.

O alvo dos promotores do Tribunal Criminal de Manhattan se refere à transferência do dinheiro que teria sido feita pela Organização Trump, que colocou em seu balanço o registro do dinheiro em despesas legais.

Além disso, como o dinheiro foi usado para interferir em uma situação relacionada à campanha, o ato pode ser enquadrado como doação ilegal, uma vez que não foi feito dentro de critérios de doação de campanha.

Em suas redes sociais Trump, que é pré-candidato Republicano à presidência para as eleições de 2024, tem atribuído o indiciamento a uma perseguição política promovida pelo partido Democrata e direcionado críticas ao atual presidente Joe Biden.

Ele deve comparecer ao tribunal na próxima terça-feira (4).