Omar Aziz diz que hipocrisia de Bolsonaro pode ter matado pessoas

“Se agora ficar realmente confirmado que Bolsonaro, ao contrário do que dizia, se vacinou, a sua hipocrisia assassinou pessoas”, afirmou o senador amazonense

Ex-presidente da CPI, Omar Aziz (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O senador Omar Aziz (PSD-AM) diz que se Bolsonaro tomou vacina contra a Covid-19, depois de sempre declarar que não, sua hipocrisia matou as pessoas. Ao Congresso em Foco, o senador diz ter conhecido pessoas que morreram após se tratarem com cloroquina por acreditarem no ex-presidente.

“Se agora ficar realmente confirmado que Bolsonaro, ao contrário do que dizia, se vacinou, a sua hipocrisia assassinou pessoas”, afirmou o senador amazonense.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, afirmou que no cartão de Bolsonaro há o registro de que ele teria tomado a vacina da Janssen.

“Todo o discurso de Bolsonaro e as suas ações e omissões a respeito da vacina e do combate à pandemia já se constituíam em um crime”, afirmou Aziz.

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“Agora, além de criminoso, podemos dizer que ele é um criminoso covarde, se ele se vacinou às escondidas”, completou.

Para ele, se tudo for confirmado o país estará diante do maior hipócrita da história. “Uma hipocrisia criminosa, porque, a partir do que ele dizia, pessoas acreditaram. E morreram por causa disso”.

Ex-presidente da CPI da Covid no Senado, Aziz disse ainda que o discurso de Bolsonaro não só contribuía apenas para agravar a pandemia de covid-19, mas também para reduzir a crença que a população brasileira sempre teve nas vacinas de um modo geral.

“Em razão disso, hoje vemos crescer a ameaça de outras doenças que também podem ser controladas com vacina, como a poliomielite e o sarampo”.

“Burro chucro”

Aziz classificou o ex-presidente como um “burro chucro, limitado intelectualmente”.

“É notória a sua falta de sensibilidade. Falta de sensibilidade com a questão ambiental, com a educação, com a ciência. E com a vida das pessoas, como se viu na pandemia”, disse.

“Essa parece ser a índole dele, a sua natureza. Infelizmente, a CPI colheu inúmeros provas, que a Procuradoria-Geral da República não permitiu que avançassem. Mas a cada dia se agrava mais a sua situação”, observou.

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