CNJ visa acordo de R$ 112 bilhões em caso de Mariana

O acordo ambiental pode ser o maior já pago na história; as empresas Samarco, Vale e BHP Billington querem postergar o prazo.

Área afetada pelo rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

As negociações para a reparação da tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015, serão retomadas na próxima semana pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), indica o portal Uol. A perspectiva é que o acordo com as empresas Samarco, Vale e BHP Billington Brasil fique próximo aos R$ 112 bilhões.

Caso a cifra se confirme será o maior acordo ambiental do mundo, podendo superar o valor de U$ 21 bilhões que foi pago no caso de vazamento de petróleo no Golfo do México.

Como informa o portal, o valor tem como base as discussões interrompidas no ano anterior. O CNJ chegou a sugerir, em 2021, um montante de 155 bilhões.

O processo que corria na 12ª Vara Federal de Minas Gerais e foi transferido para o CNJ tem como principal contraponto o prazo de pagamento, uma vez que as empresas querem saldar o valor em 20 anos. Com o valor de R$ 112 bilhões, R$ 65 bilhões podem ter destinação para o pagamento de verbas compensatórias e a outra parte será destinada para a reparação ambiental e indenizações às vítimas e famílias de vítimas. Negociam com as empresas os representantes da União, dos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, do Ministério Público (federal e estaduais) e Defensorias Públicas da União e dos estados.

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