Manuela presidirá grupo de combate ao ódio na internet

A ex-deputada e vice-presidenta nacional do PCdoB Manuela d’Ávila irá presidir trabalhos de Grupo de Trabalho criado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Manuela fala sobre a construção de um Brasil feminista e antirracista no FSM 2023 | Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O governo federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, criou um Grupo de Trabalho para apresentação de estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo. O grupo será presidido pela ex-deputada e vice-presidenta nacional do PCdoB Manuela d’Ávila.

Entre as atividades que serão desenvolvidas consta a proposição de políticas públicas em direitos humanos sobre o tema e o assessoramento do ministro Silvio de Almeida nas questões referentes ao discurso de ódio e ao extremismo.

O Grupo de Trabalho terá duração inicial de 180 dias, que pode ser prorrogado, e a participação não é remunerada. A formação conta com 24 membros da sociedade civil e com cinco representantes do Ministério.

Além de d’Ávila, participa o youtuber Felipe Neto e serão convidados representantes da Advocacia-Geral da União, Ministério da Educação, Ministério da Igualdade Racial, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Mulheres, Ministério dos Povos Indígenas e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Pelas suas redes sociais, Manuela falou sobre o convite para presidir o grupo:

“Aceitei, me sentindo muito honrada e desafiada, o convite do Ministro Silvio de Almeida para presidir o Grupo de Trabalho […] Estarei acompanhada por ativistas, pesquisadoras e estudiosos do tema, gente que tem muito a contribuir para que o Brasil se torne uma referência global de enfrentamento ao ódio, extremismo, intolerância e violência criadas nestes ambientes”, disse.

No texto, a vice-presidenta nacional do PCdoB destacou o seu trabalho de combate à desinformação pelo instituto E Se Fosse Você?

“Tenho dedicado parte de minha vida ao tema: minha pesquisa de doutorado é relacionada a ele e o trabalho desenvolvido pelo instituto E Se Fosse Você?. As razões desse esforço são óbvias: não é nada fácil ser vítima dos ataques dessas máquinas que constroem e distribuem ódio e intolerância.”

A ex-deputada também destacou o caráter voluntário do trabalho e a decisão de atuar na sociedade civil nos últimos anos.

“Trata-se de um trabalho muito relevante para o país, mas todos nós, membros do GT trabalharemos de forma voluntária. Eu sei que muitas pessoas estranharam quando não fui candidata. Na verdade, decidi permanecer atuando na sociedade civil, conciliando minha vida profissional e meu doutorado com minha militância por um Brasil justo e desenvolvido. Não era uma desistência, como eu disse à época, apenas um reposicionamento. A missão que eu recebi me recoloca na linha de frente do combate ao ódio. Que bom que ombro a ombro com essa turma corajosa e diversa do Grupo de Trabalho. Obrigada, Silvio. Sinto muita alegria de contribuir com o governo Lula através do Ministério de DDHH comandando por você”, completou.