Governo abre novo inquérito para apurar caso Marielle

O caso segue sem respostas sobre o mandante do crime. A vereadora do PSOL e o motorista Anderson foram assassinatos a tiros no dia 14 de março de 2018

Marielle Franco em agosto de 2016 | Foto: Wikimedia Commons

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu o ministro no Twitter.

O delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby foi designado para atuar no inquérito da PF. A ideia é auxiliar nas investigações junto com a Polícia Civil e da força-tarefa do Ministério Público.

O caso segue sem respostas sobre o mandante do crime. A vereadora do PSOL e o motorista foram assassinatos a tiros, no dia 14 de março de 2018, na região central do Rio. Uma assessora da vereadora sobreviveu ao atentado.

Quase um ano depois, foram presos como autores do crime o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz.

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“Quase 5 anos de impunidade, mas os assassinatos de Marielle e Anderson não seguirão sem respostas. FlavioDino determina instauração de inquérito na PF. Encontrar o (s) autor (es) dessa organização criminosa é desmantelar essa rede do ódio, da ameaça que ainda está ativa no país”, reagiu a líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (RJ).

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) destacou que são cinco anos sem avanços nas investigações. “A VERDADE VIRÁ À TONA!”, postou.

“Importante determinação do ministro Flavio Dino para que a Polícia Federal abra inquérito e colabore na investigação do assassinato de Marielle e Anderson. Já são quase cinco anos sem respostas. O Brasil precisa saber a verdade!”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

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