Governo Lula trabalha novo PAC para incentivar atividade econômica

O objetivo é fomentar a econômica do país com investimentos em infraestrutura, retomada de obras paradas ou que estão em ritmo lento

Conjunto habitacional construído em 2015 pelo PAC (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está elaborando um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para lançar em até cem dias. O objetivo é incentivar a econômica do país com investimentos em infraestrutura, retomada de obras paradas ou que estão em ritmo lento.

A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, disse à Folha de S.Paulo que as prioridades para os primeiros cem dias “já estão a pleno vapor para o presidente já anunciar”.

São novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, além de construção de cisternas e aceleração dos serviços de manutenção de rodovias.

Belchior disse que o governo quer lançar o plano de investimentos nos moldes do antigo PAC, ou seja, com metas de projetos a serem retomados ou contratados e também com as respectivas previsões de conclusão.

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A novidade é incluir entre as metas o combate à fome e à pobreza, redução da fila de cirurgias do SUS (Sistema Único de Saúde) e ampliação das bolsas de estudo.

Durante a campanha, Lula tratou a retomada de obras do PAC como prioridade para fomentar a economia e gerar emprego.

“Vamos retomar com certa urgência porque é o trabalho que dá dignidade às pessoas. Trabalhar e, com o salário, levar comida para sua família”, afirmou o então candidato.

De acordo com ele, é preciso negociar com as empresas que ganharem a licitação para contratarem moradores da região onde as obras serão feitas.

A estratégia é repetir o que já foi feito entre 2008 e 2010 no Rio de Janeiro, quando os canteiros de obras tinham pais e filhos das comunidades trabalhando.

Lula tratou a geração de emprego como uma obsessão e lembrou que, quando assumiu, em 2003, o Brasil enfrentava desemprego de 12%. Ao fim dos governos petistas, o percentual era de 4,5%, e 22 milhões de vagas com carteira assinada foram abertas.

Lembrou que as obras foram paralisadas quando a ex-presidente Dilma Rousseff deixou o governo, com o golpe do impeachment. Segundo o ex-presidente, são cerca de 13,4 mil obras que já têm projetos e licença ambiental e que, portanto, estão aptas a serem executadas com rapidez.

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