Sobrinho de Bolsonaro é alvo de busca e apreensão

A operação acontece em cinco estados e no DF. Até o momento, cinco foram presos. O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de mandados de busca e apreensão.

Bolsonarista dispara rojão dentro do Congresso; Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpre, desde as primeiras horas desta sexta-feira (27), 11 mandatos de prisão e outros 27 mandatos de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal. As investigações apuram a participação e ou o financiamento dos ataques golpistas que depredaram às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.

O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, foi alvo de busca e apreensão. Ele participou da invasão ao Congresso Nacional e postou no Instagram imagens no prédio. Em 2022, ele foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger. Ele veio para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, era assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca. Depois, foi funcionário da liderança do PL no Senado. Leonardo foi exonerado assim que foi comprovado que ele não cumpria expediente no Senado.

O sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio postou imagens de sua participação nos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro.

Os mandatos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, cinco foram presos na operação.

Essa é a terceira fase da Operação Lesa Pátria que investiga o cometimento dos seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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Presos na operação da PF

Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Ela foi flagrada em vídeos depredando os prédios públicos. A senhora já foi condenada por tráfico de drogas.

Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora. No Rio de Janeiro, Fernando Junqueira também foi preso.

Confira abaixo quem são eles:

Alguns dos presos na terceira fase da Operação da PF. Fotomontagem/Portal Vermelho

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino publicou mensagem no Twitter enaltecendo que “a autoridade da lei é maior do que os extremistas”, escreveu.

Frentes de investigação

A apuração dos crimes provocados pelos atos golpistas seguem quatro frentes diferentes que procuram identificar: as pessoas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes; quem financiou os manifestantes; se houve omissão de agentes públicos que deveriam proteger; além de encontrar eventuais conexões políticas entre líderes das manifestações com autoridades.

Segundo a Polícia Federal, a operação Lesa Pátria terá novas fases, conforme as investigações avancem.

A corporação convoca a sociedade que continue colaborando com informações de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro. As denúncias podem ser encaminhadas ao email [email protected].

Com informações de agências

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