Lula diz a governadores que o Brasil precisa voltar à normalidade

No encontro, entre outros assuntos, cada governador apresentará três demandas prioritárias ao presidente, sendo uma delas de alcance regional

Lula se reúne com os governadores (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Em reunião com os governadores nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil “precisa voltar à normalidade”, garantir ao povo que a disseminação do ódio acabou e a barbárie, que aconteceu no domingo, 8 de janeiro, não vai mais ocorrer, pois a democracia será recuperada.

No encontro, entre outros assuntos, cada governador apresentará três demandas prioritárias ao presidente, sendo uma delas de alcance regional.

“A reunião que está acontecendo hoje é para estabelecermos uma nova relação entre os entes federados, tentar trazer o Brasil de volta à normalidade, onde se queixar e reivindicar não é proibido. Depois de ganhar as eleições, você deixa de ser candidato e vira governante”, declarou Lula.

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O presidente disse que a democracia será recuperada num ambiente em que se possa falar sem obstruir o direito do outro de se manifestar.

Ele também defendeu uma nova relação entre os poderes e pediu para seus aliados que deixem de recorrer das decisões tomadas pelo parlamento.

“É preciso parar com esse método de fazer política porque isso faz com que o Judiciário adentro ao Poder Legislativo e fique legislando no lugar do próprio Congresso Nacional”, afirmou.

Lula prometeu aos governadores e prefeitos um tratamento especial. Disse que as portas do Palácio do Planalto e dos ministérios estarão abertas a eles e o mesmo tratamento espera receber da parte dos chefes do executivo estadual.

“Da minha parte, não há nenhum veto a qualquer governador que quiser conversar. A porta do Palácio do Planalto está aberta. E vamos mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é muito importante. A disseminação do ódio acabou”, disse.

O presidente ressaltou que cada governador deve ter uma obra na cabeça que é a prioritária para a sua região. “E nós vamos ver como fazer essas obras. O BNDES voltará a ser um banco de investimento. Os governadores têm que ter acesso a recursos para fazer as obras prioritárias”, assegurou.

“Precisamos ouvir os governadores, cada um tem as suas demandas locais. A questão da compensação do ICMS deve estar na cabeça de todos vocês. E não vamos deixar de discutir nada. Queremos saber o que é prioritário para o povo de cada Estado”, disse.

O presidente também mandou um recado aos prefeitos: “Vamos reconstruir a sala dos prefeitos na Casa Civil e uma sala dos prefeitos na Caixa Econômica, para que os prefeitos do interior possam ser recebidos e bem atendidos para apresentarem projetos e pedirem recursos”.

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