Lula a reitores: “Estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade”

O presidente debateu o orçamento das instituições com reitores das universidades e do instituto federais.

Camilo Santana, Lula e Luciana Santos com os reitores (Foto: Ricardo Stuckert)

Luiz Inácio Lula da Silva disse a reitores das universidades e dos institutos federais nesta quinta-feira (19), no Palácio do Planalto, que as instituições viveram nas trevas durante quatro anos, mas que o país está saindo dessa situação. O presidente fez referência aos cortes drásticos no orçamento das instituições no governo anterior.

Lula disse que tinha orgulho de ter vivido o momento em que houve mais investimento na educação superior e defendeu reforçar o orçamento das instituições.

“Nunca um país conseguiu se desenvolver sem que antes cuidasse da educação do seu povo. Estamos saindo das trevas para a luminosidade de um novo tempo”, afirmou.

Ao lado dos ministros Camilo Santana (Educação) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Lula destacou que não existe, na história, país que tenha se desenvolvido sem antes investir em educação.

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“Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema da formação do seu povo. Nós estamos começando um novo momento”, afirmou.

Lula lembrou que há tempo não se via um encontro entre reitores e o governo federal. “Hoje foi um dia simbólico. Retomaremos as reuniões todos os anos, para ouvir demandas e pensarmos juntos sobre nosso ensino”, disse.

“Estou alegre de estar com vocês porque temos, outra vez, a chance de mexer com a educação, a única coisa que pode fazer este país deixar de ser um eterno país em desenvolvimento e se tornar um país desenvolvido”, observou.

Houve um clima de concordância entre Lula e os reitores em dois pontos fundamentais: a recomposição do orçamento das instituições e autônima das universidades tão atacada durante o desgoverno Bolsonaro.

Neste último ponto, Lula destacou como vai agir o governo. “Não pensem que eu vou escolher os reitores que eu gosto. Quem tem que gostar do reitor são os funcionários da universidade, os estudantes. E todos os anos teremos reuniões para os reitores me cobrarem, cobrarem do ministro. Eu não farei nada sozinho, faremos juntos”, prometeu.

O presidente também cobrou maior participação das instituições na vida do país. “Nossas universidades não devem estar preocupadas só com os problemas que acontecem dentro das salas de aula. Elas também têm que estar preocupadas com os problemas que acontecem da porta pra fora, nas cidades, nos bairros”, instigou.

Inteligência brasileira

A ministra Luciana Santos destacou que o governo está resgatando valores civilizatórios e fortalecendo a democracia. “Tentaram desqualificar as universidades, mas nós estamos dizendo que as universidades têm o de maior e melhor do patrimônio da inteligência brasileira”, afirmou.

Assim, Luciana defendeu como urgente recuperar o orçamento das instituições. ” Seremos incansáveis na luta para assegurar os recursos para as atividades de ciência e tecnologia. É decisão do presidente Lula: a ciência deve ser o pilar do desenvolvimento. A ciência perpassa pelo combate à fome, pela reindustrialização e o crescimento nacional, a construção de uma arrojada agenda climática, de transição energética e de transição digital, e é com a ciência que vamos garantir uma nação independente e soberana”, disse.

“Estou impressionado com o desmonte que fizeram com a educação pública deste país. O Ministério da Educação estará de portas abertas para o diálogo, para a união, para a reconstrução”, assegurou o ministro Camilo Santana.

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