Wellington Dias e Silvio Almeida querem auxílio a órfãos da Covid-19

Projeto de novo auxílio começa a ser trabalhado pelos ministros e deve envolver outras pastas; estima-se que 180 mil brasileiros de até 24 anos perderam pai, mãe, responsável ou ambos.

Foto: MDS

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias (PT), e o ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, estiveram reunidos na quarta-feira (11) para debater a construção de uma forma assistencial aos órfãos da Covid-19. As equipes das pastas participaram do encontro e o secretário-executivo do MDS, Osmar Junior (PCdoB), esteve presente.

O Brasil está próximo da infame marca de 700 mil mortes ocasionadas pelo vírus. Caso as medidas de combate ao avanço da Covid-19 fossem corretas durante o governo Bolsonaro, pelo menos 400 mil mortes poderiam ter sido evitadas.

Neste enorme número de brasileiros que perderam a vida muitos eram provedores de suas famílias, situação que deixou enorme número de órfãos desamparados. Dessa forma, os ministros trabalham para criar uma forma de amparo social para pessoas com menos de 24 anos que perderam pais ou responsáveis para o vírus.

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A ideia é formar um Grupo de Trabalho que envolva outros ministérios (Saúde, Casa Civil, Fazenda, Mulheres, Povos Originários) e seja construída uma plataforma de proteção social para ser levada ao presidente Lula (PT).

Segundo Wellington Dias, a inspiração é do Nordeste Acolhe, programa do Consórcio Nordeste que auxiliou com R$ 500 cada órfão da Covid-19 nos nove estados da região.

A avaliação de quantas famílias foram impactadas pela pandemia será feita no decorrer dos ajustes realizados pelo MDS no Cadastro Único (CadÚnico). Com base nestas informações é que o desenho do investimento e do alcance dele será definido. Por agora a estimativa dos ministérios e de que “180 mil brasileiros de até 24 anos perderam pai, mãe, responsável ou ambos durante a pandemia.”

Foto: MDS

De acordo com Silvio Almeida o trabalho entre os dois ministérios não deve se restringir a este, pois enxerga muitas intersecções entre as pastas: “A questão de olhar para as pessoas mais pobres, os trabalhadores e trabalhadoras, as pessoas em condição de vulnerabilidade, a proteção à vida e dignidade das pessoas é comum aos dois ministérios”, disse. “Tudo isso é desenvolvimento social e é direitos humanos, ou seja, proporcionar aquilo que de melhor as pessoas podem ser num espaço político de dignidade. Isso engloba a cidadania e o exercício dos direitos garantidos pela Constituição”, completa.

*Com informações MDS