STF pede prisão de coronel da PM que estava responsável pelo comando no DF

Interventor da segurança pública no DF, Ricardo Capelli denunciou que “houve sabotagem de Anderson Torres, que assumiu a Secretaria de Segurança no dia 2, mudou o comando e viajou”.

Coronel Fábio Augusto Vieira foi nomeado chefe do comando da PMDF em 4 de abril de 2022. Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes decretou ordem de prisão do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira que estava no comando da operação que resultou na violência do último domingo (8). A decisão foi divulgada na tarde desta terça-feira (10).

O interventor federal da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, já havia anunciou a troca do comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), na noite desta segunda-feira (9), nomeando o coronel Klepter Rosa para a função.

Em entrevista à CNN Brasil, Cappelli denunciou que houve uma sabotagem do ex-secretário Anderson Torres no último domingo. “O que faltou no domingo foi comando, foi o comando e a liderança da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Nessas poucas horas à frente da secretaria, eu posso afirmar que o que aconteceu não foi por acaso. Foi um ato de sabotagem do secretário Anderson Torres”, disse Cappelli.

“Se isso não é sabotagem, eu não sei o que é. O problema não são os oficiais, não é a corporação, não são os oficiais da Polícia Militar. Nas últimas 36 horas, eu tive ao meu lado, praticamente sem dormir, dezenas de oficiais, de delegados da Polícia Civil do DF que cumpriram suas missões. O que faltou no domingo foi a liderança da Secretaria de Segurança. Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil”, completou. 

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino também já havia comentado sobre o caso na manhã desta terça-feira em entrevista. Segundo ele, “havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, questionou o ministro.

Alexandre de Moraes já havia assegurado que “todos aqueles que financiaram ou incentivaram os atos golpistas, seja por ação ou omissão, serão punidos no rigor da lei, além dos próprios vândalos que atacaram as sedes dos Três Poderes”.

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